Boi fecha a semana com preço de R$ 215/@, veja!

Tabela de preço da boiada pronta sobe todos os dias; Com oferta curta, a indústria fica na pressão por cotações altas e só consegue comprar matéria-prima se colocar a mão no bolso.

Sem novidades no mercado do boi gordo, ou seja, o preço voltou a subir nesta sexta-feira, 19 de junho, em algumas praças importantes do Brasil, como em São Paulo, onde a arroba a prazo bateu R$ 212, segundo dados levantados pela Informa Economics FNP – o que significou aumento de R$ 3/@ em relação ao valor da arroba registrado na sexta-feira anterior na praça paulista (R$ 209).

Ao longo desta semana, os preços do boi gordo reagiram praticamente em todos as praças pecuárias do Brasil. O forte movimento de alta é resultado da grande escassez de boiadas prontas abate e, ao mesmo tempo, da grande procura por parte dos frigoríficos, que, embora se deparem com um menor volume de vendas de carne para o mercado interno, continuam ativos nas aquisições de gado para atender compromissos de exportação.

Segundo as informações dos pecuaristas no app da Agrobrazil, os negócios informados tiveram uma alta nos preços, independe da praça observada, os frigoríficos ofertaram melhores preços. Um ponto que chama atenção é o preço do boi gordo para o mercado interno ter se igualado aos preços para as boiadas destinadas a exportação.

Para a boiada Padrão China, pecuaristas de Brasilândia de Minas/MG, informaram preços de R$ 210/@ com prazo de 30 dias para pagamento e abate para o dia 24 de junho.

Comparando o mercado interno com mercado externo, em Indiaporã/SP, o valor de R$ 215/@ à vista com abate para o dia 22 de junho, Mercado Interno. Já o Boi China em Luís Antônio/SP, o preço foi de R$ 215/@ com 30 dias de prazo e abate para o dia 23 de junho.

O indicador Cepea fechou em queda e com preço de R$ 210,40. Já a média para a praça de São Paulo, segundo a Agrobrazil, ficou em R$ 214,52/@, e os preços variaram de R$ 213 a R$ 215/@. Confira um gráfico interessante para se analisar:

Segundo a consultoria FNP, na maior parte das regiões pecuárias, novos lotes de animais terminados só conseguem ser adquiridos mediante a elevação dos preços da arroba. “Diante da oferta encurtada, as indústrias são pressionadas a pagar mais altos para adquirir a matéria-prima e, por sua vez, acabam realizando negócios apenas mediante a compra casada, quando tem a certeza dos compromissos de venda da carne para o atacado/varejo”, relata a FNP.

As plantas habilitadas para vender carne bovina ao exterior são beneficiadas pela atuação ativa de compradores internacionais, sobretudo a China, o que ajuda a explicar a atual onda de valorizações do boi gordo. “A aquecida demanda do mercado externo e a desvalorização cambial estão favorecendo as margens dos frigoríficos, que conseguem pagar preços mais altos pela matéria-prima”, destaca a FNP.

Giro pelas praças

Em São Paulo, as ofertas de novos lotes de boiada são discretas e as programações de abate avançam com dificuldade, o que tem emplacado forte pressão nos preços dos animais terminados, informa a FNP.

No Mato Grosso do Sul, o mercado registrou altas pontuais na cotação do macho nesta sexta-feira.

No Rio Grande do Sul, as cotações também registraram novas altas sustentadas pela escassez de oferta de gado.

No Paraná, a demanda ativa por animais, principalmente dos frigoríficos exportadores, segue impulsionando as cotações, de acordo com dados da FNP.

No Pará, a arroba se valorizou neste último dia da semana. Diante da elevação dos preços, os frigoríficos locais conseguiram efetuar mais negócios e preencher as escalas para o fim da próxima semana, observa a FNP.

Em Rondônia, os pecuaristas pesquisados registraram preferência pela maior retenção dos animais, especulando novas altas nos preços da boiada para conseguir fazer a reposição dos rebanhos. Poucos negócios foram realizados, mas a valores mais elevados. Em Goiás, os produtores avaliam o movimento de alta nas cotações e optam por segurar o gado terminado, o que tem prejudicado o avanço da liquidez no mercado. A arroba se valorizou nesta sexta-feira nas praças do Estado.

Em Minas Gerais, diante da oferta restrita de gado, as indústrias promoveram novas altas nos preços oferecidos para conseguir originar matéria prima.

Compre Rural com informações da FNP, Agrobrazil e Portal DBO

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