Com a semana mais curta, diante do feriado de Tiradentes, o mercado trabalhou de forma cautelosa, com indústria testando e avaliando o mercado!
O mercado físico de boi registrou preços acomodados nesta quarta-feira, 20, com frigorífico trabalhando de forma cautelosa e avaliando o mercado consumidor, interno e externo. A Indústria permanece temerosa com o recente comportamento da China, que vem suspendendo frigoríficos no Brasil, se aproveitando da “segurança contra o COVID-19”.
Segundo os analistas, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade da queda dos preços no curto prazo, considerando a confortável posição das escalas de abate, que hoje atendem entre sete e oito dias úteis em média. Lembrando que a China suspende importação de mais um frigorífico no Brasil, após liberar as plantas da Marfrig.
Com a semana mais curta em função do feriado nacional de 21 de abril e escalas de abate relativamente confortáveis, girando ao redor de sete dias, as cotações permaneceram estáveis na comparação feita dia a dia em São Paulo.
Vale ressaltar que nas indústrias que estão com escalas maiores, as ofertas de compra para o macho terminado que atende ao mercado interno chegam até R$15,00/@ abaixo da referência, apontou a Scot Cosnsultoria.
Ainda no mercado físico, segundo o app da Agrobrazil, em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 319,24/@, conforme dados informados no aplicativo. Já a praça de Goiás teve média de R$ 295,03/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 296,38/@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ R$ 319,20@.
Para os machos cujo destino é a exportação, os negócios estão em até R$330,00/@. A Agrobrazil, informou negociação de R$ 340/@ em Marília, no estado São Paulo, com pagamento à vista e abate para o dia 05 de maio. Confira os detalhes da negociação na figura abaixo.
Já o Indicador do Boi Gordo – Cepea/Esalq, trouxe uma nova queda de 2,60% no fechamento da véspera de feriado. Sendo assim, os preços saltaram de R$ 340,25/@ para o patamar de R$ 331,40/@, o que representa uma queda de cerca de R$ 8,00/@ em apenas um dia. Ainda segundo a instituição, o valor da arroba em dólar, também recuou e segue cotada a US$ 1,65/@. Confira no gráfico abaixo como se comportou o valor nos últimos 30 dias do mês.
“Além disso, a indústria frigorífica permanece temerosa com o recente comportamento da China, que vem suspendendo unidades provisoriamente com a alegação da presença da proteína da covid-19 em embalagens. Por fim, a valorização do real é um elemento que precisa ser mencionado, na medida em que altera a contas das exportações, tornando-as menos atraentes. Nesse ambiente, é natural que os frigoríficos sigam exercendo pressão sobre o os pecuaristas”, assinalou Iglesias, da Agência Safras.
Exportações semanais
As exportações de carne bovina in natura continuaram firmes na última semana. Apesar de ter sido um período reduzido, com 4 dias úteis, os embarques da proteína totalizaram 41,83 mil toneladas, uma média de 10,46 mil t/dia, que representa um avanço de 30,32% ante a média vista na primeira semana de abr/22.
Até o momento, o volume embarcado no mês corrente já é de 89,98 mil toneladas e com esse resultado podemos cravar que teremos mais um recorde mensal rompido, com a estimativa de 140 mil toneladas exportadas em abr/22.
O preço médio mensal da proteína bovina exportada ficou em US$ 6,15 mil/t, desvalorização de 0,18% no comparativo semanal, sendo essa a primeira queda de preço semanal em 2022. Com isso, as vendas externas da proteína vermelha nos 10 primeiros dias úteis de abr/22 geraram uma receita de US$ 553,15 milhões, equivalente a 92,50% do montante arrecadado com os negócios em todo abr/21, quando o preço da carne bovina in natura estava 22,48% inferior.
Giro do Boi Gordo
- Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 323 a arroba.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 292.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 310 por arroba.
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Atacado
No mercado atacadista, o dia foi de preços estáveis para a carne bovina.
Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma queda dos preços no curto prazo. “Importante destacar que haverá espaço para alguma alta dos preços durante a primeira quinzena de maio, considerando que além da entrada dos salários na economia há também o adicional de consumo referente ao Dia das Mães, data que costuma motivar a reposição entre atacado e varejo”, disse Iglesias.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,50 por quilo. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,60 por quilo. A ponta de agulha teve preço de R$ 15,70 por quilo.