A pressão das indústrias tem ganhado força ao longo da semana, trazendo uma desvalorização de quase R$7/@ e pecuaristas precisam ficar atentos ao custo!
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos na maioria das regiões de produção e comercialização nesta quinta-feira, 26, segundo as avaliações a queda tem se acentuada nas praças paulistas. Os frigoríficos encontram as condições necessárias para exercer pressão sobre os preços, segundo o termômetro das escalas de abate, elas seguem ficando verde em grande parte do país.
Do último dia no qual o boi gordo esteve em alta no mercado futuro, dia 11, a até os negócios da terça, os contratos de setembro, outubro e novembro perderam entre R$ 10 e R$ 12. Temor chega ao mercado futuro e traz incertezas quanto a oferta de animais frente ao consumo no final do ano!
A pressão de baixa tem ganhado força nas praças paulistas. A maior oferta de gado confinado permitiu ajustes nas ofertas de compra e alongamento das escalas, que atendem, em média, dez dias. Com isso, houve queda de R$1,00/@ no preço do boi gordo na comparação diária, mas as cotações da vaca e da novilha gordas ficaram estáveis, respectivamente, em R$312,00/@, R$292,00/@ e R$307,00/@, preços brutos e a prazo.
O Indicador do Cepea apresentou grande desvalorização ao longo dos últimos oito dias e os valores saltaram de R$ 319,30/@ para o patamar de R$ 312,45/@, uma queda de R$ 6,85/@. A queda de preço preocupa os pecuaristas, já que o indicador é utilizado por grande parte das indústrias como base para as negociações.
A entrada de animais oriundos dos confinamento próprios e das utilizações dos bois a termo, tem deixado as indústrias mais confortáveis no atual momento. Sendo assim, o alongamento das escalas de abate pelo país, pode comprometer a pressão de alta esperada para o início de setembro!
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 311,00/@, na quinta-feira (26/08), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 303,98/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 310,36/@.
Mercado futuro despencando
Do último dia no qual o boi gordo esteve em alta no mercado futuro, dia 11, a até os negócios da terça, os contratos de setembro, outubro e novembro perderam entre R$ 10 e R$ 12.
Nesta quarta (25), segue o jogo entre menos 0,32% e 0,27%, a R$ 309 e R$ 310, para liquidação em setembro e outubro, ao passo que o novembro, que já esteve em R$ 330 há 14 dias, tem um ganho marginal de 0,11%, a R$ 318,35.
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Até poucas semanas atrás eram comuns análises mostrando alguma boa arrancada do boi para o pico da entressafra. Oferta acentuadamente menor tradicionalmente valorizava o boi nesse período. Mas não há mais nenhuma aposta mínima de leve melhora, que fosse, para o mercado interno, ainda mais com inflação inflexível acima da meta, desemprego em 14% e taxa de juros em linha de novas altas.
Exportações seguem aceleradas
Por outro lado, precisa ser mencionada a expectativa de bom ritmo de exportação de carne bovina no restante do ano. “O Brasil ganha mercado com as decisões do governo da Argentina somado aos problemas rotineiros de rebanho na Austrália, mantendo o boi gordo australiano em patamar bastante acentuado”, assinalou o analista da Agência Safras.