Mesmo com a pressão envolvendo as negociações e as consultorias relatando estabilidade nas demais regiões, o Cepea aponta alta dos preços na praça pecuária que é referência no país!
Segundo as informações do Indicador do Boi Gordo do Cepea, o mercado físico do boi gordo mantém os preços acima de R$ 300,00/@ ao longo dos últimos 22 dias úteis. Já na abertura dessa semana, os preços na praça paulista tiveram grande valorização e subiram quase R$ 5,00/@. Já as demais consultorias, apontam que o mercado seguiu com preços estáveis nas demais praças pecuárias.
Os negócios seguiram fluindo com lentidão. Os frigoríficos ainda operam com escalas de abate relativamente confortáveis, com animais negociados na modalidade à termo entrando. Já no que diz respeito as exportações, o mercado se arrochado e com boas expectativas para mais um recorde em volume e faturamento!
O feriado no meio da semana (Dia da Independência na quarta-feira, dia sete) vai quebrar ainda mais o ritmo das negociações, mas com potencial para alguma redução das escalas de abate. Já o fluxo exportador permanece muito intenso, pois o Brasil permanece como grande alternativa ao fornecimento de carne bovina em escala mundial, diz Iglesias.
As indústrias aproveitam o momento da entrada do Boi a Termo, incrementando a oferta e tornando a programação dos frigoríficos de maior porte ainda mais confortável. Essa situação deixa o mercado travado em regiões onde não há plantas habilitadas para exportação.
“Com a semana mais curta, em função do feriado nacional de 7 de setembro, e as escalas de abate alongadas, a ponta compradora esteve fora das compras na manhã desta segunda-feira”, informa a Scot.
Segundo os dados do Cepea, os preços tiveram uma variação diária positiva de 1,51%, o que fez com que a referência média saltasse do valor de R$ 310,25/@ para o patamar de R$ 314,95/@. A alta positiva de quase R$ 5,00/@ traz um ânimo ao mercado SPOT, será essa a semana de valorização do boi gordo?
A ponta compradora esteve fora das compras na parte da manhã. Assim, as cotações estão estáveis na comparação com o último fechamento (2/9), em R$270,00/@ e R$282,00/@ para a vaca e novilha, preços brutos e a prazo.
O bovino com destino à exportação está cotado em R$300,00/@, preço bruto e a prazo. Segundo o app da Agrobrazil, o pecuarista de São José do Rio Pardo, interior paulista, informou o preço de R$ 295,00/@ com o pagamento à vista e abate programado para o dia 19 de setembro.
A queda de braço entre frigoríficos e pecuaristas segue intensa. Do lado de dentro da porteira, diz a IHS, alguns produtores arriscam reter os seus lotes de animais gordos, à espera por preços minimamente remuneradores.
O problema, porém, é que os custos da engorda no cocho continuam em patamares bastantes elevados, dificultando a estratégia de retenção dos animais nas fazendas.
Segundo a Agrifatto, na B3, o contrato com vencimento para set/22 foi negociado à R$ 306,25/@, registrando um ajuste negativo de 1,16%.
Relação de troca do boi gordo por bezerro
Os preços médios mensais do boi gordo e do bezerro caíram de julho para agosto, mas as baixas registradas para a arroba foram mais intensas. Diante disso, o poder de compra de pecuaristas do estado de São Paulo que fazem a recria-engorda com reposição de animais de Mato Grosso do Sul diminuiu.
Considerando-se as médias de agosto (até o dia 30), o pecuarista recriador de SP precisou de 8,57 arrobas de boi gordo (Indicador CEPEA/B3) para comprar um animal de reposição em MS (Indicador ESALQ/BM&FBovespa, bezerro nelore, de 8 a 12 meses), contra 8,32 arrobas em julho/22, ou seja, piora de 3%. Trata-se, também, do momento mais desfavorável ao recriador desde janeiro, quando foram necessárias 8,59 arrobas.
Giro do boi gordo pelo país, segundo Safras
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 289 na modalidade à prazo.
- Em Mato Grosso do Sul, a arroba foi indicada em R$ 276.
- Em Mato Grosso, a arroba ficou indicada em R$ 268.
- Em Minas Gerais, em Uberaba, preços a R$ 280 por arroba.
Mercado do atacado
Os preços da carne bovina seguem estáveis no mercado atacadista.
- Yara anuncia vencedores do Concurso NossoCafé 2024
- Estudo apresenta 5 recomendações globais para o Brasil cortar emissões
- Atenção: pecuaristas devem atualizar cadastro de rebanhos na Iagro até o dia 30 de novembro
- Florestas restauradas aumentam produtividade de soja em até 10 sacas por hectare
- Carne bovina se destaca como aliada na prevenção de doenças, apontam estudos
Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sinaliza para potencial reajuste dos preços durante a primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo em função da entrada da massa salarial na economia.
Mesmo assim, muitos frigoríficos ainda sinalizam para estoques bastante confortáveis, o que sugere para movimento mais tímido de alta, disse Iglesias.
- O quarto traseiro seguiu precificado a R$ 20,60 por quilo.
- O quarto dianteiro ainda teve preço de R$ 16 por quilo.
- A ponta de agulha seguiu no patamar de R$ 15,90 por quilo.