Com a entrada de salários na economia, o mercado do boi gordo terá uma maior reposição entre atacado e varejo, o que traz espaço para a alta dos preços.
De acordo com o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, em algumas regiões do país tem sido evidenciado um avanço das escalas de abate. Esta situação permite uma atuação mais discreta dos frigoríficos na compra de gado.
Mas a movimentação cambial é um fator importante a ser considerado. O atual processo de desvalorização do real melhora a conta de exportação da indústria frigorífica, o que pode resultar em negociações acima da referência média. Já a incidência de contratos a termo, mesmo que de maneira ainda tímida, torna a situação das escalas de alguns frigoríficos ainda mais confortável”, destacou Iglesias.
Dessa maneira, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi continuou em R$ 326. Já em Dourados (MS), os preços subiram para R$ 301.
Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT)a arroba de boi gordo teve mais uma alta dessa vez de R$3 fechando em R$ 301. Simultaneamente em Uberaba (MG), os preços ainda mantém-se a R$ 320.
Finalmente, em Goiânia (GO), os preços continuam indicados em R$ 305 a arroba.
Boi: mercado atacadista
Assim como o mercado físico de boi gordo, o mercado atacadista também registra preços firmes.
Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “O potencial aumento dos valores envolvidos no Auxílio Brasil tende a fomentar o consumo de produtos básicos, incluindo a carne bovina, situação que pode promover espaço para alta dos preços”, assinalou Iglesias.
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Dessa maneira, o quarto dianteiro do boi permaneceu a R$ 17,55, assim como a ponta de agulha seguiu cotada a R$ 17,10.
Por fim o quarto traseiro ainda teve preço de R$ 22,65 por quilo.