Uma raça que é puro músculo, com grande destaque para sua excelente relação carne-osso, conseguindo alcançar um rendimento de carcaça de 65%; Veja o vídeo!
O gado piemontês é originário de uma região isolada pelos Alpes no norte da Itália, o Piemonte. O primeiro registro da raça data de 1887, e as primeiras importações para o Brasil aconteceram em 1974. Considerado um verdadeiro “Boi Bombado”, os machos pesam em média entre 750 e 900 kg e as fêmeas entre 450 e 600 kg. Na Itália ou em outros países, é uma raça de fácil engorda.
Entre 1965 e 1985, o Piemontês passou de 24% do rebanho total italiano para 53%, enquanto as demais raças decaíram de 1,56 para 0,55 milhões (Romagnola, Chianina, Mar-chigiana, Maremmana e Podólica). Hoje existem 350.000 cabeças da raça Piemontesa, mais que todas as demais raças italianas juntas. A coloração da pelagem de palha mudou para cinza nos machos adultos.
Há estudos que afirmam que o piemontês surgiu de um cruzamento natural. Cerca de 25 mil anos a.C, animais zebuínos provenientes da área onde hoje existe o Paquistão teriam migrado em direção ao norte italiano e cruzado com o gado europeu que habitava a região.
O piemontês tem porte médio e pelagem branco-acinzentada sobre pele negra, herança marcante do zebu primitivo.
Sua característica mais marcante é a dupla musculatura, que lhe garante um alto rendimento de carne. O traseiro dos animais é avantajado, com músculos bem definidos e aparentes. A pele e os ossos são finos, resultando em maior rendimento de carcaça.
Em geral, o Piemontês garante um rendimento de carcaça acima de 65%, podendo chegar a 72%. O rendimento de músculos chega a 84%, significando 432 kg de carcaça aos 16 meses de idade.
A raça Piemontesa apresenta uma produção leiteira média de 2.300 litros em 305 dias, com recordes de 5.000 litros. São famosos os queijos produzidos com o leite da raça, tais como Bra e Castelmagno, seguidos por Murozzano e Raschera
A raça Piemontesa foi introduzida no Brasil em 1974, em Araçatuba, São Paulo. Nesse mesmo ano, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores da Raça Piemontesa. Os produtos machos ½ sangue Piemontês + ½ sangue de Nelore pesam em média 388 kg no desmame, em regime de pasto. A raça Piemontesa está presente em todas as regiões brasileiras, em rebanhos puros ou em cruzamentos industriais
Características raciais
A raça de gado Piemontês é de grande porte. A pelagem possui coloração branca com tendência para cinza; nos recém-nascidos é um pouco mais avermelhada e torna-se definitivamente branca à medida que o animal cresce. Os pelos são finos, curtos e sedosos; as mucosas, a vassoura da cauda e os cascos são pretos, a pele é fina, macia, flexível e pregueada.
A cabeça é pequena, curta e o perfil é reto; as orelhas são pequenas, finas e com poucos pêlos; os olhos são vivos, mas não salientes; os chifres são curtos, grossos e dirigidos para frente, sendo que no Brasil se realizada descorna tanto nos machos como nas fêmeas.
O pescoço é musculoso, curto e bem implantado, com a barbela discretamente desenvolvida, chegando até o externo.
O corpo é amplo e comprido; o tronco é cilíndrico, profundo, longo e com boa cobertura muscular; as espáduas são fortes e mais altas do que o dorso; as costelas são longas, arqueadas e afastadas entre si; a giba é pequena e localiza-se sobre a cernelha; o dorso é largo e com boa cobertura muscular; a garupa é uniformemente larga, com ossos ligeiramente salientes em relação à linha dorso-lombar; as coxas e nádegas são muito desenvolvidas, formando a chamada “dupla-coxa”; a cauda se insere de forma harmoniosa e possui comprimento na altura dos jarretes; os membros são curtos, fortes, com bons aprumos, bem musculosos de ossatura bastante sólida; o umbigo é curto e o úbere discretamente volumoso na vaca adulta em lactação, com tetos desenvolvidos e bem distribuídos.
Aptidão
O Piemontês chegou a ser considerado um animal com três aptidões (produção de carne, de leite e de trabalho). Há algumas décadas, o objetivo da seleção deste animal foi dirigido para a produção de carne, mas combinada também com uma relativa produção leiteira.
Como animal de corte, deu-se muita importância à sua característica mais notável, que é a chamada “dupla-coxa” ou musculatura dupla que ocorre como resultado de uma hipertrofia dos músculos das nádegas. Isto resulta da seleção persistente e rigorosa para a produção de carne.
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O rendimento de carcaça é notável. Segundo a Associação Italiana da Raça (ANABORATI), o rendimento de carcaça dos animais puros chega a 70%; no Brasil o rendimento chega a 57-60%. A precocidade reprodutiva é muito alta, tanto nos machos, quanto nas fêmeas, sendo que na Itália coleta-se sêmen dos touros aos 15 a 18 meses de idade; a fêmea já é coberta pela primeira vez aos 14 a 16 meses de vida.
Adaptação
O Piemontês tem boa adaptação ao clima tropical em regime de pasto no Brasil. No entanto, sofre com os ecto e endoparasitas.
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