
Trata-se da segunda iniciativa do banco de fomento para estimular esse mercado no país. O resultado da chamada pública deve sair em novembro.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta terça-feira um edital para compra de 100 milhões de reais em créditos de carbono, conforme comunicado.
Trata-se da segunda iniciativa do banco de fomento para estimular esse mercado no país. O resultado da chamada pública deve sair em novembro.
“Com esta iniciativa, o banco pretende apoiar o desenvolvimento de um mercado para comercialização desses títulos, além de chancelar padrões de qualidade para condução de projetos de descarbonização da economia”, disse o banco em nota.
Segundo o BNDES, créditos de carbono representam “a não emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo para a preservação do meio ambiente”.
Nesta segunda chamada, serão considerados elegíveis projetos com foco em reflorestamento, redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, energia (biomassa e metano) e agricultura sustentável.
O resultado da primeira chamada pública para aquisição de créditos de carbono foi divulgado em maio, com a seleção de cinco projetos de conservação e de energia em segmentos diversos.
A primeira operação do banco nesse mercado tinha valor de 10 milhões de reais, sendo que cada projeto contava com limite de 2 milhões de reais. Nesta segunda chamada, o teto foi elevado para 25 milhões.
Outras mudanças, de acordo com o banco, foram a retirada da exigência de emissão de créditos anteriores para os projetos concorrentes, a inclusão do setor agrícola como um dos escopos do edital, além do aumento no número de instituições certificadoras.
“As estimativas internacionais apontam para um mercado de carbono entre 50 bilhões a 100 bilhões de dólares até 2030 e a expectativa é que o Brasil represente 15% a 20%, ou seja, pode gerar 7,5 bilhões a 20 bilhões de dólares em divisas para o Brasil”, disse à Reuters o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha.
Para ele, o Brasil tem tudo para ampliar o desenvolvimento de projetos de compensação de emissões.
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“A gente pode ser um grande gerador de crédito de carbono por meio de projetos para preservar florestas, recuperação (de áreas degradadas), reflorestamento, mobilidade, energias renováveis. Tudo isso é passível de certificação de créditos de carbono para serem comercializados com empresas que emitem pelo mundo, acrescentou.
Fonte: Reuters