
Plano Agrícola e Pecuário traz redução de taxas de juros em todos os programas; Recursos serão utilizados no financiamento de investimentos e custeio da produção agropecuária
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizará R$ 20,4 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário 2020/2021. Em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), serão aplicados R$ 15,1 bilhões em programas na agricultura empresarial e R$ 3,6 bilhões naqueles voltados para a agricultura familiar, além de R$ 1,7 bilhão em programas destinados ao setor próprios do Banco. Haverá redução das taxas de juros anuais: entre 4,5% e 7,5% ao ano na linha empresarial e entre 0,5% e 4% ao ano na familiar.
O Plano entrou em vigor ontem, 1º de julho, e terá duração até 30 junho de 2021. Este ano, o total destinado à agricultura empresarial será 17% maior em relação ao direcionado na vigência anterior e 6% acima daquele destinado à agricultura familiar. As linhas disponíveis e suas condições estão no site do BNDES.
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No Plano 2020/2021, as cooperativas do setor serão contempladas com oferta de R$ 1,5 bilhão por meio do Procap-agro e R$ 1,4 bilhão através do Prodecoop. Também serão estimuladas práticas inovadoras e sustentáveis, com orçamentos de R$ 1 bilhão (Inovagro) e R$ 1 bilhão (ABC), respectivamente.
O BNDES vai operar em parceria com mais de 30 instituições financeiras – dentre agências de fomento, bancos de montadoras, cooperativas de crédito, bancos cooperativos, bancos privados e bancos públicos. Estas parcerias tornam possível descentralizar o acesso aos recursos, facilitando o desenvolvimento de uma política pública de crédito ao setor.
O apoio que faz a diferença no campo
No Plano anterior, que se encerrou em 30 de junho, o BNDES aprovou mais de R$ 15 bilhões, em cerca de 106 mil operações. Neste sentido, o BNDES aprovou cerca de R$ 3,2 bilhões em mais de 71 mil operações no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
O agricultor Marino Slongo, de Erechim (RS) é um dos beneficiados. “Nós já criamos mais raízes que as parreiras”, disse. Ele e a esposa, Marlene, contrataram uma operação de R$ 30 mil por meio da cooperativa de crédito Cresol, viabilizando a plantação de 4 hectares de uvas. A família Slongo se dedica a essa atividade há 110 anos e, atualmente, produz sucos.
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Para Rodrigo Zeni, de Lagoa dos Três Cantos (RS), o investimento de R$ 150 mil obtido no Programa Moderagro permitiu aumentar a produção e a renda, além de tornar suas atividades mais sustentáveis. Os recursos do BNDES, contratados junto ao Sicredi, foram usados para comprar e instalar uma máquina de compostagem. Com isso, foi possível aumentar a capacidade de processamento dos dejetos da criação, elevando o efetivo de 3,4 mil para até 10 mil porcos, gerando ainda uma renda extra com a venda de adubo.