Bloqueio da UE pode reduzir alojamento de aves e afetar setor de grãos

Para Vilmar Sebold, da Cooperativa Agropecuária e Industrial, efeito da provável redução dos plantéis de frangos de corte será sentido em até 60 dias

O presidente da Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cocari), Vilmar Sebold, disse que se a BRF deixar de fato de exportar carne de frango à União Europeia pode haver “um processo de desalojamento” de aves por parte de produtores integrados da empresa.

Os cooperados da Cocari produziram em 2017, nos Estados do Paraná, Goiás e Minas Gerais, 1,5 milhão de toneladas de soja e milho, os principais ingredientes da ração de aves.

Sebold calcula que o efeito da provável redução dos plantéis de frangos de corte para o mercado de grãos deve ser sentido em até 60 dias, tempo necessário para os criadores restringirem a quantidade de aves nos galpões de engorda.

“É uma cadeia que está totalmente integrada e todos vamos amargar prejuízo”, disse.

Conforme entrevista do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, dada nesta terça, a União Europeia deve anunciar na quarta-feira (18/4), a suspensão da compra de carne de frango de frigoríficos brasileiros, entre eles a BRF.

Maggi disse, ainda, que diante do embargo o governo federal entrará com um painel na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a UE.

POR ESTADÃO CONTEÚDO

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