Aplicações de biofungicidas no manejo preventivo das culturas protegem a lavoura desde o início e ajudam as plantas a se desenvolverem melhor
As principais regiões produtoras estão com as máquinas no campo, trabalhando intensamente para o plantio da soja e do milho verão safra 2022/23. Com a semeadura ainda no início, é cedo para se preocupar com as Doenças de Final de Ciclo (DFC)? De acordo com os especialistas, não. Uma das principais razões para realizar o manejo preventivo das DFC é que, apesar de expressarem os danos visuais somente próximo à colheita, as doenças estão contaminando a planta desde o início do plantio.
De acordo com o biólogo e gerente de portfólio da Biotrop, Éderson Santos, as DFC, além de um grande problema na maioria das regiões, são as que mais causam prejuízos aos agricultores. Entre os principais danos estão o crestamento foliar (Cercospora kikuchii), a mancha parda (Septoria glycines) e a mancha alvo (Corynespora casiicola). Elas são classificadas como micotróficas, ou seja, sobrevivem do material em decomposição presente no solo sob as palhadas. “Elas começam pela palhada, sobem o caule da planta, colonizam os tecidos novos, as folhas e seguem causando danos”, destaca.
Ainda segundo o especialista, por esse motivo os produtores estão antecipando o manejo de biodefensivos. “Antes, as aplicações ocorriam na fase reprodutiva. Agora elas vêm sendo posicionadas nos estágios entre V6 e V8. Porém, já temos observado que nas aplicações antecipadas para V0, V3, V4, o resultado é muito mais expressivo porque está protegendo da infecção desde o início”, acrescenta o biólogo.
Entre as tecnologias disponíveis para essas aplicações, o produtor pode contar com o Bombardeiro, um fungicida microbiológico, com alta eficiência para DFC. O produto de ação multissítio traz em sua formulação o efeito de choque e residual nas plantas atingidas.
Os múltiplos modos de ação do Bombardeiro são diferenciais de controle para essas doenças, tendo em vista a sua produção de metabólitos de ação fungicida (antibiose), junto à inibição da germinação de conídios e rápida colonização de filosfera. Além disso, a avançada composição, com Bacillus velezensis, Bacillus pumilus e Bacillus subtilis, colabora na produção de biofilme nas superfícies colonizadas e promove resistência sistêmica induzida, protegendo as plantas, além de atuarem na promoção de crescimento do cultivo.
Alguns produtores já estão fazendo o manejo preventivo com químicos, mas, segundo o especialista da Biotrop, o biológico vem ganhando espaço por ter algumas vantagens. “O microrganismo vai se desenvolvendo à medida que a planta cresce e nós vamos tendo proteção ao longo do período. Quanto ao químico, há uma proteção inicial e depois vai caindo. Além disso, o biológico tem essa ação de choque e depois a residual, que vai trabalhando de forma mais pronunciada nessas aplicações antecipadas, evitando que a doença de fato entre”, destaca Santos.
Adesão e recomendação de produtores
O agricultor Horst Thiessen, descendente de alemão, assumiu a fazenda do pai no final da década de 70. De lá para cá acompanhou todo o progresso da agricultura brasileira. Atualmente, na propriedade localizada na Colônia Witmarsum, no município de Palmeira/PR (cerca de 50 quilômetros de Curitiba), ele cultiva soja, milho, feijão, trigo e triticale, em uma área de 1.600 hectares.
Ao longo desses mais de 40 anos, sempre buscou o cultivo eficiente. Hoje, uma das ferramentas a que mais tem se dedicado são os produtos biológicos. O agricultor, inclusive, foi um dos primeiros a testar o Bombardeiro, da Biotrop. “Quando conhecemos esse produto foi uma grata surpresa. Vinha de encontro ao que buscávamos, pois, para combater as DFC, utilizávamos os químicos. Embora eu não gostasse muito, era a opção que tinha no mercado. Usava, mas ficava contrariado”, diz.
Ainda segundo o produtor, após os primeiros testes com o Bombardeiro, o resultado foi surpreendente. “A planta ficou saudável, as folhas do baixeiro ficaram vivas e quando tomavam menos luz ficavam levemente amareladas, mas bem vigorosas. Aprovei e fui querendo mais. Além disso, pudemos utilizá-lo também como um multissítio, substituindo também o mancozeb”, lembra Thiessen.
Aos poucos o produtor está diminuindo o uso de químicos em suas lavouras, consorciando-os aos biológicos. Inclusive, na atual safra, preparou uma área na qual plantou soja para fazer o acompanhamento do tratamento com 100% de biológicos, sem químicos. “Os biológicos são uma quebra de paradigma e vieram para ficar. São produtos excelentes que funcionam muito bem, só precisam ser melhor compreendidos, principalmente pelos produtores. Acredito que com o tempo o uso de químicos diminuirá e será de maneira consorciada aos produtos naturais”, finaliza o agricultor.
Extensões de alvo do Bombardeiro
Além da prevenção e controle de DFC’s, a BIOTROP recentemente obteve junto aos órgãos reguladores a extensão de registro para diversos novos alvos/culturas, o que tornou o produto um dos biofungicidas mais completos do mercado.
Confira a lista completa de doenças tratadas pelo biodefensivo Bombardeiro, da BIOTROP:
- Mancha Parda (Septoria glycines),
- Crestamento-foliar-de-cercospora (Cercospora kikuchii);
- Mancha-alvo (Corynespora cassiicola);
- Cercosporiose (Cercospora zea-maydis);
- Mancha-preta (Cercosporidium personatum);
- Podridão-floral-dos-citros (Colletotrichum acutatum);
- Mancha-foliar (Exserohilum turcicum);
- Mofo-branco (Sclerotina sclerotiorum);
- Podridão-vermelha (Colletotrichum falcatum);
- Ramularia (Ramularia areola);
- Podridão-branca-das-espigas (Stenocarpella maydis);
- Ferrugem-do-cafeeiro (Hemileia vastatrix);
- Oídio (Sphaerotheca fuliginea);
- Antracnose (Colletotrichum truncatum);
- Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum);
- Ferrugem-do-trigo (Puccinia triticina).
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