Biochar de casca de café: sustentabilidade na cafeicultura brasileira

Altamente estável, o biochar de casca de café melhora a saúde do solo e pode reduzir a dependência de fertilizantes químicos no longo prazo, promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis. 

O biochar é um material rico em carbono produzido pela pirólise de biomassas, um processo térmico realizado em ambiente com pouco ou nenhum oxigênio. Sua aplicação agrícola oferece benefícios como o aumento da fertilidade do solo, maior retenção de água e nutrientes, redução das emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono a longo prazo. Altamente estável, o biochar melhora a saúde do solo e pode reduzir a dependência de fertilizantes químicos no longo prazo, promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis.

Nesse Campo Experience vamos mostrar como a união entre uma produção regenerativa, aliada a tecnologia e correta utilização do processamento via úmida do café podem elevar a qualidade dos grãos, abrindo novos mercados e gerando mais renda para os produtores.

No Brasil, a casca de café seca, um subproduto abundante da colheita, apresenta-se como excelente matéria-prima para a produção de biochar. Este resíduo, frequentemente difícil de manejar por ser leve, é muitas vezes queimado para a secagem do café ou deixado para se decompor no ambiente, resultando em perdas significativas de potássio e poluição ambiental.

Mesmo quando aplicada diretamente à lavoura, a casca se decompõe rapidamente, liberando grande parte de seu carbono na forma de CO₂ atmosférico. Ao ser transformada em biochar, contudo, a casca de café torna-se um material altamente estável, capaz de fixar carbono no solo e reduzir o volume necessário para aplicação.

O biochar melhora atributos físicos e químicos do solo, como a retenção de água e a capacidade de troca catiônica (CTC), além de aumentar a atividade microbiana. Por ser uma tecnologia de remoção de CO2 atmosférico, o biochar contribui para a descarbonização da cadeia do café, elevando a produtividade e promovendo a sustentabilidade da produção. Sua alta estabilidade dispensa reaplicações frequentes, pois permanece no solo por longos períodos.

A viabilização da produção de biochar em nível de fazenda tornou-se realidade com a usina compacta de biochar da Palini Alves, um reator móvel de pirólise de fluxo contínuo. Pioneira nesse segmento de mercado, a empresa desenvolveu uma tecnologia inovadora que permite transformar resíduos da cafeicultura em um insumo agrícola de alto valor agregado, promovendo a sustentabilidade no setor.

Com uma capacidade produtiva de até 1.200 litros de biochar por dia, a usina compacta de biochar permite que os produtores processem grandes volumes de casca de café diretamente na propriedade, reduzindo custos logísticos e otimizando o aproveitamento dos resíduos agrícolas. Um diferencial dessa tecnologia é o sistema de controle avançado, que possibilita regular a velocidade de alimentação da biomassa e ajustar a temperatura de pirólise que varia entre 500 e 700°C, garantindo a qualidade e estabilidade do biochar produzido.

Além da conversão eficiente da casca de café em biochar, o sistema permite reaproveitas o calor excedente gerado no processo para a secagem do próprio café, tornando a operação ainda mais sustentável e economicamente vantajosa.

Esse modelo de produção baseia-se nos princípios da economia circular, ao transformar resíduos agrícolas em um insumo útil para a melhoria do solo, ao mesmo tempo que contribui para a mitigação das mudanças climáticas. O biochar produzido sequestra carbono de forma estável no solo e reduz a emissão de gases de efeito estufa, fortalecendo a resiliência ambiental da cafeicultura.

Fonte: Assessoria de Impressa

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