A primeira vaca na Holanda a ultrapassar a marca de 200 mil kg de leite produzidos já é uma realidade.
Aos 18 anos, Big Boukje 192, de propriedade da fazenda de gado leiteiro Knoef-Hendriksen, em Geesteren, alcançou esta marca mágica.
Big Boukje 192 (EX90) nasceu em 10 de outubro de 1997. Seu pedigree inclui uma série de touros ilustres da CRV (Cash x Labelle x F16 x Tops). Ela é saudável desde o início da sua vida produtiva, mantendo excelentes níveis de produção de leite (e sólidos) até os dias atuais.
O orgulhoso proprietário, Jos Knoef, disse que “ela sempre foi uma vaca especial. As outras vacas saem do caminho quando ela se aproxima, em sinal de respeito”. A fazenda de Knoef é campeã absoluta da Holanda quando o assunto são vacas duráveis. Nada menos que 63 vacas já alcançaram a marca de 100 mil kg de leite e, com Big Boukje 192, agora eles têm a primeira vaca do país a produzir o dobro dessa quantidade.
Esses eram os números impressionantes da Boukje 192 no dia 2 de março: 18.04 (anos/meses), 5.341 dias, 200.111 kg de leite produzidos, 4,61% de gordura, 3,85% de proteína e 16.930 kg de gordura e proteína. Ela produziu, em média, 37,5 kg/dia durante as suas 14 lactações, em duas ordenhas e sem o uso de BST.
Atualmente, com os avanços da genética, é possível ter vacas que envelhecem com saúde e atingem uma elevada produção durante toda a sua vida. Há cada vez mais vacas como essa na Holanda: já são 40 mil vacas com idade superior a 10 anos e 10 mil acima de 15 anos. Diariamente, em média, sete vacas cruzam a marca de 100 mil kg de leite e este número aumenta a cada ano naquele país.
No Brasil, temos 408 vacas holandesas com mais de 100.000 kg de leite (com controle leiteiro oficial), todas premiadas com o Troféu 100.000 kg Melk CRV. Os touros da CRV Lagoa lideram o ranking desta seleta lista, com 25% do total de vacas. Marconi e Alm Salomo são os touros que possuem a maior quantidade de filhas deste grupo.
Wiliam Tabchoury, gerente de Contas Leite da CRV Lagoa, explica que a longevidade aumenta o período de vida produtiva das vacas, sendo um importante parâmetro que influencia no resultado técnico e econômico das propriedades. “O aumento da longevidade das vacas reduz a taxa de descarte, aumenta o índice de natalidade e o saldo líquido de animais. Isto gera excedentes para crescimento do rebanho e, ainda, para comercialização de animais. Além disso, aumenta-se a produção durante a vida útil, reduzindo os gastos com reposição de matrizes, medicamentos e mão de obra. Vacas longevas reduzem o custo de produção do leite e aumentam a receita da propriedade. Elas são mais eficientes e rentáveis”, finaliza.