Apesar do baixo volume de negociações no mercado da reposição, os preços dos lotes informados chegaram ao patamar recorde de R$ 16,85/kg; Confira!
A primeira semana do ano chegou ao final com o mercado de reposição registrando um baixo volume de negociações. As festas de fim de ano e período de recesso nos primeiros dias de 2022 esfriaram as negociações nas praças pecuárias. Porém, aqueles que foram as compras encontraram preços elevados e próximos aos recordes para a categoria do bezerros. Afinal, onde estão os animais mais “caros e mais baratos” no Brasil? Confira!
Segundo os dados, os preços dos animais seguem elevados e cotados, em média, a R$ 3.000,00 por cabeça. Agora, estamos vivendo um momento de transição entre o aumento do preço da arroba do boi gordo e aumento na produção de bezerros. Muitos pecuaristas da recria/terminação ainda aguardam o retorno dos leilões na próxima semana.
Os preços seguem elevados para as categorias apoiado no baixo fluxo de negociações na última semana. Segundo o app da Agrobrazil, alguns negócios informados durante a primeira semana, foram concretizados acima da referência. O pecuarista de Nova Crixás/GO, pagou o preço de R$ 3.000,00 por cabeça, no lote de peso médio de 178 kg. Sendo assim, os bezerros Nelore tiveram preço de R$ 16,85/kg, valor que é próximo ao recorde de preço atingindo em 2021.
Segundo dados do Cepea, o indicador do bezerro sul mato grossense registrou forte avanço nos preços nos últimos 12 meses. Na primeira semana, os preços fecharam cotados a R$ 2.999,39 por cabeça, acumulando uma alta de 0,11% no mês. A aposta é que a curva deve continuar subindo, no curto prazo, diante da oferta ainda cometida de animais no mercado e a valorização do boi gordo.
Na avaliação dos analistas, as festas de fim de ano e período de recesso neste início de 2022 esfriaram as negociações de bovinos jovens. Com os compradores ausentes, as cotações dos animais de reposição ficaram praticamente estáveis na primeira semana do ano, em relação à semana anterior, relata a Scot Consultoria.
Porém, na comparação anual, considerando o valor médio de todos os estados pesquisados, os animais anelorados estão com preços mais altos neste início de 2022, acrescenta a Scot.
Alta generalizada
Nas contas dos analistas da Scot Consultoria, boi magro, garrote, bezerro de ano e de desmama estão custando 13,1%, 15,9%, 17,4% e 18,8%, respectivamente, a mais para os recriadores/invernistas, em relação aos preços de igual período do ano passado.
De acordo com a Scot, as fêmeas apresentam cenário semelhante: as cotações da vaca magra, novilha, bezerra de ano e de desmama aumentaram 16%, 13,7%, 19,3% e 21,0%, respectivamente, considerando a mesma base de comparação.
A título de comparação, mostramos abaixo os preços, por estado, para os animais de até 6,5@, segundo a Scot Consultoria:
- MT: R$ 3.000,00
- MG: R$ 2.900,00
- SP/GO/RO: R$ 2.850,00
- MS: R$ 2.800,00
- PA/AC: 2.250,00
Reposição nas principais praças pecuárias pelo Brasil
No interior paulista, bezerros seguem sendo negociados acima de R$ 2.900/cabeça, ao passo que garrotes com até 12 arrobas são precificados acima do valor de R$ 4.200/cab., relata a IHS.
O fluxo de negócios no Mato Grosso do Sul também evoluiu de forma muito lenta neste início do ano. A oferta de animais nos leilões é baixa no Estado, mas a liquidez foi suficiente para sustentar os preços entre todas as categorias, relata a IHS.
No Mato Grosso, os preços chegaram a ensaiar modestas altas para algumas categorias nesta primeira semana do ano. “Destaque para os negócios envolvendo garrotes e novilhas com mais de 10 arrobas”, informa a IHS.
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Resumidamente, nesta primeira semana do mês, o mercado brasileiro de animais de reposição ficou praticamente estagnado, apesar das recentes valorizações nos preços do boi gordo.
Na avaliação dos analistas, as festas de fim de ano e período de recesso neste início de 2022 esfriaram as negociações de bovinos jovens. Porém, as negociações devem ser retomadas na próxima semana, com preços firmes e deixando os pecuaristas com grande atenção aos preços e custos de produção destes animais nas fases seguintes.