Bezerro tem queda de R$ 17,64/cab e baixa demanda

Reposição registra comportamentos diferentes entre as praças pecuárias; Os valores tiveram uma queda de R$ 17,64/cab em fevereiro; Confira abaixo!

Nas duas primeiras semanas de fevereiro, o mercado brasileiro de gado para reposição registrou maior liquidez de negócios, principalmente para categorias mais eradas, tendo em vista a maior disponibilidade de pastagem e uma perspectiva de melhora na demanda interna e externa da carne bovina brasileira. Para animais jovens, o bezerro do sul mato grossense tem queda de R$ 17,64/cab neste mês de fevereiro; Confira!

Porém, em relação aos preços, o ambiente não chegou a ser marcado por grandes variações ao longo desta semana, já que os recriadores e invernistas continuam operando com cautela, devido aos altos custos com alimentação animal. Devemos observar um mercado truncado e com preços mistos ao longo deste período.

Além disso, mesmo com uma vantajosa relação de troca entre a boiada gorda e o gado magro, as condições climáticas adversas em algumas regiões do Brasil têm feito o mercado de reposição registrar comportamentos diferentes entre as praças pecuárias. Ligado a esse movimento, existe a preocupação com as pressões de queda no mercado do boi gordo, que várias indústrias ainda tentam emplacar.

Segundo os dados divulgados pelo Cepea, o Indicador do Bezerro em Mato Grosso do Sul, nas duas primeiras semanas de fevereiro, saltou de R$ 2.886,51/cab (01/02) para o patamar de R$ 2.868,87/cab no fechamento desta sexta-feira, 11, o que representa um recuo de R$ 17,64/cab. Veja o gráfico!

Nos leilões realizados nesta semana, a oferta de animais se mostrou maior em algumas praças pecuárias, o que favorece uma maior liquidez das negociações. Observado que a queda maior acontece em regiões como as de Goiás.

Reposição em São Paulo

Os preços da reposição seguem firmes nas praças paulistas. Confira como estão os preços e as relações de troca, segundo a Scot Consultoria:

  • Boi Magro: R$ 4.300 – R$ 11,47/kg – 1,47 (relação de troca)
  • Garrote: R$ 3.600 – R$ 12,00/kg – 1,75 (relação de troca)
  • Bezerro: R$ 3.200 – R$ 13,33/kg – 1,97 (relação de troca)
  • Desmama: R$ 2.900 – R$ 14,87/kg – 2,18 (relação de troca)

Ainda segundo a analista, para fevereiro, a expectativa é de que a boa demanda por machos mantenha as cotações sustentadas. Diante dessa tendência, a indicação para aqueles que precisam repor os seus estoques de animais, é comprar lotes menores e estar de olho nos custos de nutrição destes animais.

Giro das categorias pelas praças pecuárias

Segundo a IHS, o clima seco em áreas do interior de São Paulo e no Mato Grosso do Sul prejudicou os pastos e a produção de grãos. Por sua vez, na faixa Centro-Norte do País, as chuvas em excesso também deixaram impactos negativos em algumas regiões pecuárias.

“Todos esses fatores têm gerados particularidades e feito a ponta compradora aguardar condições de preços economicamente mais viáveis”, afirmam os analistas da IHS Markit. Na região Norte do Brasil, a liquidez em leilões realizados nos Estados de Tocantins, Pará e Rondônia aumentou, sobretudo se comparado ao mês anterior.

Mas isso não resultou em altas generalizadas de preços, dizem os analistas. De certa forma, lotes mais leves continuam com procura comedida e preços voláteis. Já garrotes e novilhas com mais de 10 arrobas tiveram boa saída nos certames, com confinadores já comprando animais visando a terminação no cocho, informa a IHS.

No Centro-Oeste, muita volatilidade nos preços dos animais de reposição nos Estados do Mato Grosso e Goiás, e certa estagnação no Mato Grosso do Sul.

Nessas regiões, a procura evolui de forma cadenciada, e os preços de categorias com mais de 10 arrobas (machos ou fêmeas) seguem firmes, ao passo que animais mais leves não encontram a mesma consistência nas vendas, relata a IHS. No Mato Grosso do Sul, muita preocupação com o clima irregular.

No Sudeste, a semana foi de preços estagnados, em função da baixa liquidez. Já no Sul do País, o mercado segue truncado. “Foram registrados alguns poucos negócios no Rio Grande do Sul com foco na exportação de gado vivo, onde há preços mais atrativos aos criadores”, observa a IHS.

Scot Consultoria

Refletindo o cenário pressionado no mercado do boi gordo, as cotações na reposição recuaram 0,9% na média de todas as regiões e categorias monitoradas, nos últimos sete dias, informa a Scot.

Na última semana, as fêmeas puxaram as cotações para baixo, com queda de 1,3% na média de todas as categorias e Estados, frente ao recuo de 0,4% dos machos. A maior oferta de fêmeas mais jovens pressionou as cotações em 1,6%, na média da bezerra de ano e desmama, frente a queda de 1,1% da média da vaca magra e novilha.

bezerro vermelho no meio da bezerrada branca
Foto: Fazenda Elge

“Esse cenário sinaliza que devemos observar mais fêmeas indo ao gancho no primeiro semestre”, dizem os analistas da Scot. Contudo, a expectativa é que o aumento de descarte não seja muito expressivo, acrescentou a consultoria.

“No curto e médio prazos, para aproveitar o ágio interessante pago pelos animais padrão China, devemos acompanhar uma boa demanda por machos jovens, com foco no giro rápido”, preveem os analistas da Scot.

https://youtu.be/P9i8mqMF1T4
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