Bezerra passa por cirurgia para correção da anomalia; Veterinários dizem que não há relatos de pesquisa com animal com patas a mais articuladas; veja como está a bezerra após a operação!
Ninguém vai chorar a morte da bezerra! O animal, que nasceu com seis patas e duas cinturas em Valença (RJ), passou por uma cirurgia nesta quinta-feira (15) para corrigir a anomalia genética e a operação foi realizada com sucesso.
Uma bezerra que nasceu com seis patas e duas cinturas vem chamando em Valença, no interior do Rio de Janeiro. São quatro membros normais e dois com má formação congênita. O animal nasceu em uma propriedade rural no município e foi entregue pelo dono ao hospital veterinário do Centro Universitário de Valença (UNIFAA) na última sexta-feira (9). Desde então, o caso vem sendo acompanhado por especialistas.
O procedimento começou às 9h30, no hospital veterinário do Centro Universitário de Valença (UNIFAA), e terminou por volta das 11h45.
O caso é raro e inusitado. São quatro membros normais e dois com má formação congênita (assista no vídeo abaixo).
“Esse caso, na literatura, se fala que isso é um monstro. Entre a cintura e as patas traseiras, ela tem outra cintura e outras duas patas”, explicou Jorge Henrique Sacramento Conceição, médico veterinário e coordenador do hospital veterinário do UNIFAA, que recebeu o animal na última sexta-feira (9).
Outros casos de bezerros com mais patas do que o comum já foram registrados pelo mundo, mas este episódio em Valença é considerado ainda mais especial.
“Existem registros de casos com até oito patas. Mas, nesses casos, as patas eram penduradas no animal. Não eram articuladas no animal, como é o caso desta bezerra. E, como ela não vai ter condição de parir, a gente também vai fazer a castração dela. A gente vai tentar tirar esta monstruosidade [termo usado na literatura veterinária] dela para ela ter uma sobrevida”, disse o coordenador.
Assim que se recuperar da cirurgia, o animal será devolvido ao dono.
O procedimento médico para a remoção das patas durou cerca de duas horas e, segundo o professor do Unifaa garante maior qualidade de vida para a bezerra. “Sem a cirurgia, a locomoção e descanso do animal seriam prejudicadas, além do peso a mais que ela carregaria, trazendo problemas de postura”, relata Esquerdo.
Membros do hospital veterinário do Unifaa gravaram um vídeo para mostrar a boa recuperação da bezerra após a cirurgia. Confira abaixo:
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Afinal, o que houve com a bezerra?
Após o sucesso da operação para remoção das patas e do quadril a mais, o professor Joaquim Esquerdo diz que o trabalho agora será para investigar a causa da anomalia. O perfil do DNA bezerra e de seus descendentes será analisado para se tentar chegar a uma conclusão. No entanto, é possível trabalhar com algumas hipóteses.
Existem registros de casos com até oito patas. Mas, nesses casos, as patas eram penduradas no animal. Não eram articuladas no animal, como é o caso desta bezerra. E, como ela não vai ter condição de parir, a gente também vai fazer a castração dela. A gente vai tentar tirar esta monstruosidade [termo usado na literatura veterinária] dela para ela ter uma sobrevida.