Total de transações saltou de quase R$ 970 mi, em 2022, para mais de R$ 1,9 bi. Expansão decorre de perspectivas positivas para o agronegócio, com aumento da base de clientes.
A Bart Digital, AgFintech especializada em criar soluções digitais para dar mais agilidade ao financiamento agrícola, encerrou o primeiro trimestre de 2023 com expressivo aumento no volume financeiro de títulos e garantias agrícolas registrados em sua plataforma, a Ativus. Nos três primeiros meses do ano, a formalização de operações de crédito somou R$ 1,917 bilhão, quase o dobro – alta de 98% – da cifra registrada no primeiro trimestre de 2022, quando as transações totalizaram R$ 969,3 milhões. Quanto ao faturamento, embora a empresa não divulgue valores, o resultado obtido entre janeiro e março de 2023 teve incremento de 66% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O bom desempenho da Bart reflete as expectativas de crescimento do agronegócio em 2023, com diversas projeções positivas. A mais recente foi divulgada em 13 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estima uma produção agrícola de 299,7 milhões de toneladas neste ano. Se confirmado, o número será 13,9% superior ao obtido em 2022, quando a safra atingiu 263,2 milhões de toneladas.
Um dos efeitos desse otimismo é aumento no número de produtores rurais dispostos a investir na ampliação da capacidade produtiva de suas propriedades. Como consequência, cresce a demanda por financiamentos para a aquisição de insumos e implementos agrícolas, levando à expansão do universo de credores e, na outra ponta, da base de clientes da Bart. Prova disso é que entre janeiro e março deste ano, a AgFintech atendeu a 105 empresas, um resultado 75% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2022, quando as operações ficaram limitadas a 60 CNPJs.
Embora o aumento na demanda por crédito contribua para a expansão dos negócios, a Bart alerta que o volume de recursos subsidiado pelo governo ainda é baixo e não será capaz de atender a todos. Mariana Bonora, CEO e fundadora da companhia, lembra que, no final de março deste ano, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) encaminhou um ofício ao Ministério da Fazenda solicitando a suplementação orçamentária de R$ 1,5 bilhão para equalização das taxas de juros dos programas oficiais de crédito rural. “Embora as perspectivas quanto ao aumento da safra sejam positivas, a materialização de uma produção agrícola maior neste ano – e também nos próximos – depende, fundamentalmente, de condições macroeconômicas que viabilizem e assegurem o desenvolvimento sustentável de todos os elos da cadeia.”
Criada em 2016, a Bart foi a primeira empresa a viabilizar uma Cédula de Produto Rural (CPR) eletrônica. Em sua plataforma, a Ativus, todo o processo é digital, desde a emissão de títulos e garantias agrícolas, passando pela coleta de assinaturas até o registro em cartório e em centrais registradoras autorizadas pelo Banco Central. A Ativus também permite a busca automática de dados utilizados na análise de crédito e certidões necessárias para a confecção de títulos e garantias agrícolas, visando mais segurança na hora da concessão de crédito.
Graças à digitalização, o tempo dispendido para concluir a formalização de títulos e garantias agrícolas é até 85% menor quando comparado com o processo realizado de forma física. O motivo é que diversas etapas conduzidas no processo tradicional e reconhecidamente morosas, como a busca manual de dados para análise de crédito, coleta das assinaturas e protocolo físico da garantia em cartório, entre outras; passam a ser realizadas em um ambiente 100% digital.
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.
