As contratações do crédito rural da agricultura empresarial nos dois meses da safra 2016/2017 – julho e agosto – foram de R$ 21,3 bilhões, o que representa 12% do total programado de R$ 183,9 bilhões.
O valor é 19,76% inferior ao do mesmo período da safra anterior. Segundo a Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o motivo é que, este ano, cerca de R$ 10 bilhões foram antecipados nos meses de maio e junho no pré-custeio. Nos anos anteriores, o pré-custeio só foi liberado em julho e agosto.
Por outro lado, em 2016 um dos destaques é o crédito de investimento, que alcançou R$ 3,6 bilhões em julho e agosto deste ano, alta de 34% em relação ao mesmo período do ano passado. Três linhas de financiamento se sobressaem: Moderfrota, Procap-Agro e Pronamp, o que, de acordo com a SPA, sinaliza para uma possível retomada dos investimentos no campo.
A contratação de recursos destinados à comercialização também apresentou crescimento, da ordem de 20%, chegando a R$ 4,4 bilhões.
De acordo com os estudos técnicos da SPA, o custeio pecuário segue apresentando incremento. Nos dois primeiros meses da safra 2016/2017, totalizou R$ 3,3 bilhões, alta de 13%.
Nas liberações de crédito nas modalidades de custeio e comercialização, as cooperativas de crédito tiveram aumento de 15%, alcançando R$ 2,8 bilhões.
Estudo apresenta perspectivas para a agropecuária em 2017
O setor agropecuário brasileiro deve seguir em alta na próxima safra. A projeção é do estudo “Perspectivas para a Agropecuária, safra 2016/2017”, divulgado, nesta terça-feira (13), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A pesquisa aponta que, apesar do arrefecimento da economia, a atividade teve em trajetória distinta à queda do PIB e subiu 1,8% em 2015.
A análise foi realizada para produtos como algodão, arroz, carnes, lácteos, milho, soja e sorgo. No caso do milho e da soja, por exemplo, o cenário atual mostra que os preços elevados tendem a incentivar a produção dos cereais. O cultivo do feijão deve ser incrementado pelo preço recebido pelos produtores – que em termos reais foi um dos maiores da história – e beneficiado pelo clima. A previsão dos meteorologistas é de que o próximo ano será regido pelo fenômeno La Niña, que deverá contribuir para a redução dos riscos de excesso de chuvas durante as colheitas.
De acordo com a Superintendência de Gestão da Oferta da Conab, o objetivo do estudo é oferecer ao setor produtivo um panorama do que esperar para a próxima safra, em termos de mercado, e auxiliar o produtor na decisão sobre o que plantar e em que proporção.
As perspectivas, feitas anualmente, são elaboradas a partir de ferramentas estatísticas, observando aspectos econômicos, tecnológicos e produtivos, além dos cenários interno e externo, preços e condições da oferta e demanda.
Clique aqui para ter acesso ao estudo completo.