A área prevista pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) é semelhante à consolidada em 2021/2022, quando a Bahia plantou 309 mil hectares.
Segundo maior produtor de algodão do Brasil, a Bahia já está em contagem regressiva para o plantio da safra 2022/2023, que deve começar, na região Sudoeste do estado, a partir do dia 1º de novembro, seguida pelo Oeste, em 21 de novembro, com um calendário diferenciado para algumas microrregiões específicas. As datas se referem aos dias imediatos após o término do período de Vazio Sanitário, definido pela legislação estadual, para a cultura do algodão.
A previsão, para a cotonicultura baiana, é de produção de 587 mil toneladas de pluma, numa área de 308 mil hectares, com produtividade média de, aproximadamente, 1,9 mil quilos de pluma por hectare. Os números foram divulgados no 1º Levantamento de Intenção de Plantio, apresentados, esta semana, durante reunião virtual da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, da qual participam diversos elos da cadeia produtiva da fibra, como a indústria têxtil e exportadores.
A área prevista pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) é semelhante à consolidada em 2021/2022, quando a Bahia plantou 309 mil hectares. Já a produção esperada, apesar da discreta redução de área (-0,3%), segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Bergamaschi, deverá ser 12,4% maior que a obtida neste ciclo, que foi de 523 mil toneladas de pluma, se a produtividade esperada para 2022/2023 se confirmar. “A produtividade é um índice que depende bastante do produtor, suas tecnologias e técnicas de manejo, mas que é atrelada, principalmente, aos fatores climáticos. Nesta safra, nós sofremos com a má distribuição de chuvas, em períodos estratégicos da implantação e desenvolvimento das lavouras”, explicou.
A grande volatilidade recente do mercado da commodity, cujos preços – em 30 de setembro – para dezembro de 2023, estavam na casa dos 0,73 centavos de dólar por libra-peso, não deve impactar na intenção de plantio, de acordo com Bergamaschi. “Os insumos já foram comprados a um custo alto e o produtor vai plantar.
Se esses patamares se mantiverem, serão sentidos em 2023/2024”, afirmou. O presidente da Abapa ressaltou que a qualidade do algodão da Bahia está boa, resultado do clima, do bom controle de pragas, tecnologias aplicadas e manejo. O Laboratório de Análise de Fibras da Abapa, situado na cidade de Luís Eduardo Magalhães, já classificou 78% da safra, e o beneficiamento da pluma prossegue no mês de outubro.
Fonte: Abapa
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