Autoridades de Hong Kong afirmaram ter encontrado o COVID-19 em amostras retiradas das embalagens de importações de carne bovina congelada do Brasil. Será mais uma manobra?
Autoridades de Hong Kong afirmaram ter encontrado o COVID-19 em amostras retiradas das embalagens de importações de carne bovina congelada do Brasil e pele de porco congelada da Polônia, prometendo intensificar as inspeções de alimentos importados, informou a Reuters. Quais os impactos dessa notícia na cadeia da carne brasileira, será que essa é mais uma forma de “derrubar” os preços da arroba no mercado interno?
O centro financeiro global implanta uma estratégia de “covid zero dinâmico” semelhante à da China continental, com o objetivo de erradicar quaisquer surtos a todo custo. As autoridades estão em alerta máximo, pois uma nova onda de infecções está se mostrando mais difícil de controlar.
Alerta
A dinâmica observada em resultados do ano passado tende a ser a mesma para o quarto trimestre. “Com forte demanda asiática e mercado americano aquecido, os frigoríficos voltarão a apresentar sólida geração de caixa e redução de alavancagem”, diz o analista do TC Matrix Vitor Aguiar.
Será essa mais uma manobra das indústrias para tentar frear o avanço dos preços da carne bovina brasileira no mercado externo. Lembrando que essas notícias já prejudicaram os preços da arroba no passado e, neste momento, onde o mercado segue fragilizado, é preciso ficar atento a tais informações.
Veja todos os fatos abaixo
O Centro de Segurança Alimentar (CFS) coletou 36 amostras para teste de um lote de cerca de 1.100 caixas de carne bovina congelada, pesando um total de 29 toneladas, importadas do Brasil por via marítima. Uma embalagem externa e duas amostras de embalagem interna deram positivo.
“O CFS ordenou aos importadores envolvidos que descartem a carne bovina e suína dos mesmos lotes”, disse o governo em comunicado na segunda-feira. “Além disso, o CFS intensificará a amostragem de produtos similares para testes.”
O CFS ordenou aos importadores envolvidos que descartem a carne bovina e suína dos mesmos lotes
Hong Kong monitora as importações de alimentos congelados para COVID-19 desde meados de 2020 e encontrou amostras positivas em embalagens de pescado em agosto de 2021 e em embalagens de moluscos em novembro de 2021. As autoridades disseram que o COVID-19 é predominantemente transmitido por gotículas e não pode se multiplicar em alimentos ou embalagens de alimentos, e que é improvável que possa ser transmitido aos seres humanos através do consumo de alimentos.
No entanto, eles recomendam que as pessoas manuseiem os alimentos crus separadamente, observem as regras de higiene e cozinhem bem os alimentos.
A China continental anunciou vários casos do vírus encontrados em embalagens de alimentos refrigerados, provocando rejeições de mercadorias e reclamações de exportadores. A Organização Mundial da Saúde diz que nem alimentos nem embalagens são vias de transmissão conhecidas.
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Recorde e preços elevados
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 614,111 milhões em fevereiro (14 dias úteis), com média diária de US$ 43,865 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 110,488 mil toneladas, com média diária de 7,892 mil toneladas, valor 8% superior ao exportado em todo o mês de fevereiro de 2021. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.558,20.
Em relação a fevereiro de 2021, houve ganho de 70,2% no valor médio diário da exportação, aumento de 39,1% na quantidade média diária exportada e valorização de 22,4% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.