As 5 principais startups do agronegócio brasileiro

Os investimentos nessas companhias ultrapassaram a barreira de US$ 160 milhões desde 2009, e mais da metade desse valor foi aportada nos últimos três anos.

Relatório lançado recentemente pela plataforma de inovação aberta Distrito traça um panorama das agtechs brasileiras, as empresas de tecnologia do agronegócio. Segundo o Distrito Mining Report — Agtech 2021, os investimentos nessas companhias ultrapassaram a barreira de US$ 160 milhões desde 2009, e mais da metade desse valor foi aportada nos últimos três anos.

“Isso significa que há grande perspectiva de crescimento no investimento nesse setor”, afirma Tiago Ávila, líder do Distrito Dataminer, braço de inteligência do Distrito. “As agtechs ainda enfrentam muitos desafios para levar a inovação ao campo no Brasil; ainda assim, têm sido vistas como o potencial nacional. O grande desafio do nosso tempo é tornar a produção agropecuária mais sustentável e eficiente.”

No levantamento foram mapeadas 298 startups voltadas para o agro, e a categoria agricultura de precisão (conjunto de tecnologias e ferramentas para ajudar o produtor rural no aumento de rendimento da lavoura) foi predominante, com 38%.

Segundo a pesquisa, cinco empresas se destacam. Os resultados não poderiam ser mais high tech: são calculados por meio de um algoritmo, que leva em consideração o número de funcionários, faturamento presumido, funding captado (captação de recursos financeiros para o investimento), além de métricas de redes sociais.

Confira as cinco principais startups do ecossistema agtech brasileiro, segundo o Distrito

Agrosmart, de agricultura de precisão

Presente em Israel, Estados Unidos e em outros países da América Latina, além do Brasil, a startup acaba de adquirir a argentina especialista em análise meteorológica BoosterAgro. Por meio de suas soluções digitais, a Agrosmart otimiza os processos de coleta de dados da lavoura, ajuda no monitoramento e análise de dados e gera recomendações em tempo real. No caso de monitoramento das culturas, a empresa utiliza sensores para coletar dados confiáveis do microclima, imagens de satélite e fornece um caderno de campo digital para gerar recomendações sobre irrigação (quando e quanto irrigar), ajudando o produtor rural a tomar as melhores decisões.

GlobalYeast, de biotecnologia

Fundada em 2015, a GlobalYeast oferece inovação para a produção de bioetanol e outros materiais verdes. Por meio do BioCal, uma solução avançada que monitora a fermentação em tempo real, é possível obter informações a respeito da transformação do açúcar em etanol, ajudando a estimar a performance e a otimizar o processo. E também são úteis na tomada de decisões operacionais e no planejamento estratégico.

Solinftec, de agricultura de precisão

Segundo a pesquisa, a startup de Araçatuba (interior de São Paulo) é a que mais recebeu aporte no setor — em 2020, teve o maior investimento registrado no ano, de US$ 60 milhões, e possui sólida atuação internacional (com escritórios nos Estados Unidos, Peru, Nicarágua, Guatemala e Colômbia). Fundada em 2007, a Solinftec conecta pessoas, diferentes modelos de máquinas e informações climáticas, criando um ecossistema que fornece informações para otimizar operações mecanizadas, racionalizar os insumos e aumentar a produtividade. Em 2019, ganhou o prêmio AgFunder Awards, considerado o “Oscar das agtechs” global.

SoluBio Tecnologias Agrícolas, de biotecnologia

Sediada em Gurupi, no Estado do Tocantins, a SoluBio é uma spin-off (empresa derivada de outra) da Agroplan, empresa de serviços com foco em consultorias, assessorias e agricultura de precisão. A startup, centrada em defensivos agrícolas biológicos, criou um sistema integrado de manejo biológico para que cada propriedade produza seu próprio bioinsumo na fazenda, reduzindo custos em até 40% nos cultivos de soja, milho, trigo, algodão, cana, café e hortifrúti.

Xmobots, de automação e robotização

Especializada em drones para diversos fins, no agronegócio a Xmobots desenvolve equipamentos inovadores, como um drone que realiza duas operações distintas: mapeamento da área, capturando dados das lavouras para o produtor rural, e pulverização de insumos, como defensivos, apenas na área em que há plantas daninhas, reduzindo custos. Outro drone detecta falhas no plantio e gera mapas para aplicação de reguladores de crescimento e de outros insumos.

Fonte: Revista Oeste

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