A adoção de práticas que utilizem a suplementação alimentar apresenta uma alternativa viável produtivamente e economicamente para o setor produtor de carne.
A estacionalidade de produção de plantas forrageiras em clima tropical, gera uma dificuldade na produção de carne em sistema a pasto, pois ocasiona em ingestão inadequada de nutrientes, prejudica o desempenho animal e eleva o tempo de abate para 4-5 anos, cerca de 50% a mais em relação aos animais abatidos em confinamento.
O uso de suplementação com concentrados energético-protéicopermite ao produtor reduzir o tempo de abate para 28 meses, reduzindo o tempo de engorda, elevando a lucratividade e produtividade, proporcionando maior uniformidade das carcaças, maior giro capital e obtenção de uma carne de maior qualidade e maciez. Pode-se ainda reduzir esse tempo de abate para cerca de 24 meses, no qual é realizado o confinamento dos animais com 355 kg de PV (20 meses).
A utilização da suplementação na primeira e segunda seca do animal também apresentou redução no tempo de abate, mostrando-se uma estratégia atraente economicamente. Ambas as estratégias permitem incremento com relação aos animais exclusivamente a pasto.
Como constatado no texto a utilização de suplementação apenas na primeira seca tem seu efeito praticamente perdido, sendo uma alternativa inviável. Sendo assim, no caso de se optar pela suplementação em apenas um período seco da vida do animal, deve ser feito na segunda seca para obtenção de melhores resultados.
Como o objetivo atualmente é a produção de carne de qualidade e a baixo preço, com menor idade de abate, a adoção de práticas que utilizem a suplementação alimentar apresenta uma alternativa viável produtivamente e economicamente para o setor produtor de carne.
Fonte: PRODUÇÃO DE RUMINANTES 2017