O preço que vai custar para o consumidor é R$ 4 o quilo. Isso vai estar estabelecido, já mandamos rodar a embalagem”, disse Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); confira
O preço do arroz tem sido uma preocupação crescente para muitas famílias brasileiras nos últimos tempos, e o governo vem tomando medidas para garantir que o alimento básico permaneça acessível. Recentemente, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou que o arroz importado de países do Mercosul será vendido a um preço máximo de R$ 4 por quilo em algumas regiões do país.
“Infelizmente, subiu [o preço]. Tem a questão logística que precisamos reconhecer para tirar a produção das indústrias e levar para armazéns, atacados. É por isso que esse arroz que vamos comprar ele vai ser embalado com uma embalagem especial do governo federal e vai constar na embalagem o preço máximo que deve ser vendido ao consumidor. O preço que vai custar para o consumidor é R$ 4 o quilo. Isso vai estar estabelecido, já mandamos rodar a embalagem“, disse Pretto em entrevista à rádio CDN, de Santa Maria (RS).
Em entrevista à rádio do Rio Grande do Sul, Pretto explicou que a embalagem do arroz importado terá o preço máximo estampado, juntamente com as logomarcas da Conab e do governo federal. Essa medida visa atender principalmente os pequenos varejistas das regiões Norte, Nordeste e Sudeste, incluindo estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Ceará e Pernambuco.
O edital com as regras para a compra das primeiras 104 mil toneladas de arroz será publicado em breve, estabelecendo as diretrizes para a operação. Através de uma Medida Provisória, o governo destinou recursos para subsidiar a compra do arroz e equalizar os preços, garantindo que os varejistas possam vendê-lo a um preço mais baixo.
“Agora serão 104 mil toneladas e vamos destinar especificamente para essas regiões mais distantes, como Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Ceará e Pernambuco. São as principais regiões para onde o arroz será enviado justamente para não correr nenhum risco de desabastecimento“, completou Pretto.
É importante ressaltar que a importação não será feita diretamente pela Conab, mas sim através de outras empresas brasileiras. O objetivo é estimular essas empresas a importar o produto, que será então adquirido pela Conab e repassado aos varejistas com subsídio.
O presidente da Conab enfatizou que o arroz importado não será destinado ao Rio Grande do Sul, mas que a companhia está considerando uma operação semelhante para o estado, comprando a produção local e vendendo-a subsidiada aos consumidores gaúchos.
“Este arroz que vai ser importado do Mercosul não é para estar no Rio Grande do Sul, mas queremos fazer a mesma operação, comprando arroz do nosso mercado local, da nossa produção, para vender subsidiado para os consumidores“, disse Pretto. “A partir do momento que o governo entra no mercado fazendo regulação de preços, colocamos o preço para baixo“, completou o dirigente.
Essa iniciativa visa evitar o desabastecimento e controlar os preços, especialmente diante das adversidades enfrentadas pela produção nacional de arroz, como as chuvas e inundações que afetaram o Rio Grande do Sul. Estima-se que cerca de 230 mil toneladas de arroz foram perdidas devido a esses eventos climáticos.
“O que conseguimos levantar é que nós tivemos 8% desse total da safra que ainda estava na lavoura e foram atingidos pelas águas. E tem uma quantidade de produtos nos armazéns que não conseguimos mensurar, além da questão logística pra escoar a produção a regiões mais distantes, como Norte, Nordeste, Sudeste“, acrescentou.
Além disso, Pretto esclareceu que a medida não visa competir com a produção nacional, mas sim complementá-la, garantindo que haja arroz suficiente para atender a demanda, especialmente em regiões mais distantes.
A medida do governo vem em um momento em que as importações de arroz aumentaram significativamente. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), as importações aumentaram 17% em volume no quadrimestre até abril de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.
Enquanto isso, as exportações de arroz têm apresentado um declínio, o que pode ser um reflexo das necessidades internas do país. Em abril, as exportações de arroz caíram 9,9% em comparação com o mesmo mês de 2023, com uma queda de 6,4% na receita.
Os principais destinos das exportações brasileiras de arroz incluem países como Gâmbia, Senegal, Serra Leoa, Países Baixos, Peru, Costa Rica, Estados Unidos, Trinidad e Tobago, Cuba e Venezuela.
Desse modo, as medidas anunciadas pelo governo brasileiro visam estabilizar os preços do arroz, garantir o abastecimento e proteger os consumidores. A compra subsidiada do arroz importado é uma estratégia para complementar a produção nacional e evitar que os preços subam ainda mais, proporcionando alívio para as famílias brasileiras.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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