Mercado futuro encerra a sessão desta 3ª feira sem grandes movimentações na B3; Mas tem boi gordo saindo a R$ 202,50 para exportação!
Nesta terça-feira (21), o mercado futuro o boi gordo encerrou a sessão com em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). Os primeiros contratos negociados encerraram com valorizações de 0,32%, sendo que o Janeiro/20 terminou cotado a R$ 189,00/@ e o Fevereiro/20 está precificado a R$ 188,10/@. Já o vencimento Março/20 registrou uma queda de 0,27% e finalizou negociado a R$ 187,00/@.
A Informa Economics FNP destacou que o volume de negociações realizadas é modesto, e na maior parte das vezes envolvem pequenos carregamentos de boiada gorda, com uma maior quantidade de fêmeas, visto que a oferta dessa categoria é aparentemente maior devido ao período de descarte.
“Mesmo com as escalas de abate, de modo geral, sendo relativamente ajustadas, atendendo apenas entre três e quatro dias úteis, as ofertas de compras a preços inferiores aos vigentes são difundidas por praticamente todas as regiões do país”, apontou.
Em seu relatório matinal, a Radar Investimentos ressaltou que a média das programações de abate está em um dos menores níveis dos meses anteriores. Isto e a ausência de negócios no mercado físico são os destaques dos levantamentos nesta última segunda-feira. A consequência deste quadro é o enxugamento das operações e dos estoques da indústria paulista.
Os participantes do aplicativo da AgroBrazil informaram negócios no município de Pontes e Lacerda/MT de R$ 180,00/@, à prazo com 30 dias para pagar e com data para abate em 30 de janeiro. Na região de Colíder/MT, o valor negociado do boi china foi de R$ 185,00/@, à prazo com trinta dias para pagar e com data para o abate em 21 de janeiro.
Em Riolândia/SP, o boi gordo foi comercializado a R$ 190,00/@, à prazo com 20 dias para pagar e com data para o abate em 28 de janeiro. No município de Sandovalina/SP, o animal com padrão exportação foi negociado a R$ 202,50/@, à prazo com sete dias para pagar e com data para abate em 24 de janeiro.
Em seu acompanhamento de mercado, a Scot Consultoria divulgou que um dos fatores que tem travado o mercado é a exportação de carne bovina para a China. “Com os compradores chineses renegociando o preço da carne embarcada, o horizonte da demanda chinesa turvou-se os compradores de gado estão na retranca”, apontou.
Ainda segundo a Scot Consultoria
Normalmente, às terças-feiras, o mercado do boi gordo está mais definido e o fluxo de negócios é maior.
Contudo, no fechamento da última terça-feira (21/1) algumas indústrias estavam fora das compras. Este cenário se deu, principalmente, em São Paulo.
As programações de abate dos frigoríficos paulistas estão, em média, com quatro dias. E não há interesse em prolongamento, já que os compradores não querem trabalhar com estoques caros caso o mercado da carne desande.
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Por outro lado, como a oferta de gado está comedida, quando há pressão sobre os preços da arroba do boi gordo, é difícil fechar negócio.
Atacado
Com relação à carne bovina no atacado somente em São Paulo houve queda nos preços nos últimos sete dias. “As cotações no mercado varejista paulista recuaram 1,4% na média de todos os cortes monitorados pela Scot Consultoria. Foi à segunda semana de retração nas cotações. No Paraná, houve mudança nos preços em diversos cortes, mas na média de todas as peças pesquisadas a variação foi de 0,01%”, disse a Scot.
Fonte: Notícias Agrícolas Scot Consultoria