O ritmo de negócios com boi gordo pode esquentar e trazer novas valorizações de preços com aproximação do Dia das Mães; Exportação atinge 125,474 mil t em abril!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos na maioria das praças de produção e comercialização do país nesta segunda-feira, 3. Como de praxe, o primeiro dia da semana teve um baixo volume de negócios no mercado brasileiro do boi gordo. O Indicador do boi gordo voltou a valorizar na abertura da semana, com valores acima de R$ 310,00/@!
Após as ofertas de compra com preços mais baixos e sem sucesso, boa parte das indústrias frigorificas estiveram fora das compras nesta manhã, observando os primeiros movimentos do mercado. A chegada do Dia das Mães e pagamento de salário animam o mercado e podem trazer preços mais animadores!
Como exceção pode ser citado o Mato Grosso, onde as negociações ainda acontecem em patamar bastante elevado, com um volume de oferta não tão expressivo para os padrões do estado. A média segue acima de R$ 307,37/@.
Segundo os dados diários divulgados pela Scot Consultoria, os preços do boi, vaca e novilha gordos estão apregoados, respectivamente, em R$312,00/@, R$290,00/@ e R$303,00/@, preços brutos e a prazo.
Para animais que atendem ao mercado externo, pode haver um ágio de até R$8,00/@. Com isso, os valores ofertados nesta categoria chegam a R$ 318,00/@. Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 304,13/@, na sexta-feira (30/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 284,69/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 297,06/@.
No entanto, conforme dito em análise neste domingo, espera-se uma semana mais aquecida no mercado de boiada gorda devido à comemoração do Dias das Mães, neste domingo, tradicionalmente um período de maior consumo de carne bovina.
O pagamento dos salários aos trabalhadores também pode ajudar a impulsionar a demanda pela proteína vermelha.
Na B3, o vencimento para maio/21 recuou 0,13% ficando cotado a R$ 306,40/@, seguindo a tendência do físico.
Exportações em alta e com recorde!
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 595,981 milhões em abril (20 dias úteis), com média diária de US$ 29,899 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 125,474 mil toneladas, com média diária de 6,273 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.765,80.
Em relação a abril de 2020, houve ganho de 17,61% no valor médio diário da exportação, alta de 7,89% na quantidade média diária exportada e valorização de 9,01% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Lacuna na oferta volta a preocupar
Para o início da entressafra a preocupação é grande, avaliando a expectativa de uma redução do primeiro giro de confinamento em função do crescimento dos custos em 2021. “Ou seja, o mercado voltará a conviver com um ambiente pautado pela restrição de oferta, permitindo a retomada do movimento de alta”, diz Iglesias.
Cotações do boi gordo
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 310 ante R$ 311 na sexta-feira.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290 contra R$ 293.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 300 ante R$ 301.
- Em Cuiabá, o preço indicado foi de R$ 308, estável.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 301 a arroba, ante R$ 302.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, a dinâmica de mercado remete a reajuste dos preços ao longo da primeira quinzena de maio, período que conta com excelente demanda. Além da entrada da massa salarial motivando a reposição entre as cadeias, o Dia das Mães é um dos grandes pontos de consumo de carne bovina ao longo do ano.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,45 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18,00 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,95 o quilo.