No aplicativo Agrobrazil, os participantes informaram negócios para o boi com padrão exportação de R$ 210,00/@. Já na B3, as altas foram expressivas!
O preço da arroba do boi gordo em São Paulo despencou 16,6% de 27 de agosto a 11 de dezembro, saindo do recorde de R$ 235 para R$ 196 na última quarta-feira, de acordo com a Safras & Mercado. No fechamento desta quinta-feira, 12, as cotações se mantiveram estáveis. Em algumas praças a arroba em alta, chegou a R$ 210, marcando um otimismo e colocando o pecuarista mais disposto a venda!
Na contramão do mercado físico, os vencimentos futuros para o boi gordo finalizaram a quinta-feira (12) com valorizações na Bolsa Brasileira (B3). O contrato Dezembro/19 registrou uma alta de 3,51% e está cotado a R$ 200,80/@. O Janeiro/20 terminou precificado a R$ 200,00/@ e com um incremento de 4,71%. O Fevereiro/20 teve um ganho de 2,67% e encerrou a R$ 196,10/@.
Em seu boletim matinal, a Radar Investimentos apontou que as indústrias estão mantém a pressão negativa no mercado, saindo das compras ou fazendo ofertas de compra em preços menores. Por outro lado, o pecuarista reluta em entregar os animais abaixo de R$210,00/@, à vista, no estado.
Na contramão do mercado físico, cotações futuras do boi fecham com altas expressivas na B3. Arroba volta a subir e bate R$ 210, veja!
No aplicativo Agrobrazil, os participantes informaram negócios para o boi com padrão exportação de R$ 207,00/@, à prazo com 15 dias para pagar e com data para o abate em 27 de dezembro. Na região de Sandovalina/SP, o valor negociado para a arroba do boi china foi de R$ 210,00/@, à vista e com data para o abate em 16 de dezembro.
No município de Coxim/MS, ocorreu negócios para a novilha com premiação de R$ 170,00/@, à prazo com trinta dias para pagar e com data para o abate em 20 de dezembro. Em Nova Andradina/MS, o boi gordo foi comercializado a R$ 185,00/@, à prazo com dez dias para pagar e com data para o abate em 17 de dezembro.
Apesar da oferta de boiada gorda se manter restrita, muitas indústrias frigoríficas optaram por sair das compras e sinalizar indicações de preço bem distantes das máximas vigentes.
“Realocação dos abates diários, antecipação do período de manutenção das fábricas e férias coletivas programadas para as próximas semanas devem diminuir ainda mais a procura por animais terminados nesta etapa final do ano”, destacou a Informa Economics FNP.
Reposição
Segundo cálculos do Cepea, a reposição atual é uma das mais favoráveis ao recriador desde fevereiro de 2013. “Esse cenário é resultado das altas mais intensas nos preços da arroba frente às observadas ao animal de reposição – de janeiro até a parcial de dezembro, o boi no mercado paulista registra valorização de 36%, enquanto que o preço do bezerro em Mato Grosso do Sul acumula alta de 20,2%”, informou em seu boletim semanal.
Rio Grande do Sul
No estado Gaúcho, os sindicatos rurais e entidades estão se unido para tirar o desconto percentual, que é de 2% a 3%, por resfriamento das carcaças bovinas. Tendo em vista que a cada 100 bois comercializados pelo pecuarista gaúcho, 2 ou 3 animais não são pagos pela indústria frigorífica.
Segundo o com o Diretor da Rural Jovem do Sindicato Rural de Santiago, Lauro Sangrilo, o movimento conta com 21 Sindicatos Rurais de forma individual, 3 Regionais que representam outros 28 Sindicatos Rurais e a Associação Rural de Santa Maria. “Isso está ocorrendo devido ao descumprimento da normativa do MAPA, IN n º 09/2004, de 04 maio de 2004”, comenta.
Com relação às referências para o boi, Sangrilo relata que o preço máximo negociado chegou a R$ 8,00/kg, mas antes os valores estão próximos de R$ 5,00/kg na metade do ano. “Todos estão falando sobre a alta da carne, mas o que ninguém fala é que as margens estavam muito apertadas para os pecuaristas”, relata.
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China
De acordo com o Analista da Cross Investimentos, Caio Junqueira, a depreciação nos preços está sendo motivada pela a retração da China nas compras de carne bovina. “Sempre comentávamos que o grande risco era ficarmos exposto ao player que é a China, na qual o mercado chinês passa a ter mais de 50% de representatividade do que exportamos e isso é muito ruim para quem atua na exportação”, afirma.
As indústrias que estavam habilitadas a exportar tinham um acordo de solicitar uma espécie de ‘cheque calção’ sobre tudo que é embarcado, na qual o preço é 30% do que foi negociado. “Nessas novas aberturas de plantas, vários frigoríficos menores que não tinham conhecimento na área de exportação negociaram com a China sem esse adiantamento, e agora, os chineses querem retirar essa modalidade”, ressaltar.
O analista explica que a China não está cancelando nada, mas está buscando uma jogada comercial de não precisar adiantar os 30% para todos os exportadores. “As grandes indústrias informaram que não vai embarcar nada sem os 30% adiantados e isso acaba comprometendo o ritmo acelerado das exportações”, comenta.
Compre Rural com informações do Notícias Agrícolas