Os preços da arroba voltaram a bater recorde em algumas praças e frigorífico segue com escala de abate girando em 4 a 5 dias úteis. Confira!
Os preços da arroba voltaram a bater recorde nesta quinta-feira, 21, com os frigoríficos trabalhando com escalas de abate curtas e grande dificuldade em originar a matéria-prima. Segundo o levantamento, os preços voltaram a bater recorde no Centro-sul do país, com destaque para Goiás que atingiu o valor de R$ 300/@.
Em janeiro, a arroba do boi gordo negociada no mercado paulista (Indicador CEPEA/B3) registra média de R$ 284,45, sendo 6,88% superior à de dezembro (R$ 266,13), em termos reais (valores foram deflacionados pelo IGP-DI). Trata-se da valorização mais intensa da série histórica do Cepea para esse período.
Segundo a Scot Consultoria, as indústrias estão com dificuldade para encontrar boiadas. “Os preços das fêmeas ficaram estáveis na comparação feita dia a dia. A vaca gorda e a novilha gorda estão sendo negociadas, respectivamente, em R$277,00/@ e R$285,00/@, preços brutos e a prazo. Bovinos que atendem às exportações são negociados entre R$295,00/@ até R$300,00/@”, apontou a consultoria.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 299,28/@, na quinta-feira (21/01), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 299,53/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 279,37/@.
Segundo o app, os preços nas praças paulistas estão sendo negociados entre R$ 288 e R$ 300,00/@, conforme a imagem abaixo. Já o Indicador do Boi Gordo do Cepea, voltou a fechar com grande valorização, diante do mercado aquecido, apresentando média de R$ 297,05. Esse é o maior valor já registrado pela instituição.
A consultoria Agrifatto apurou que as programações de abate seguem encurtadas. “A grande dificuldade em preencher as escalas e a retomada dos contratos para exportação pressionam a ponta compradora, que tem conseguido adquirir lotes pequenos conforme faz reajustes positivos nas ofertas”, relata a Agrifatto.
Ponto Positivo
A oferta de animais terminados tende a permanecer restrita até meados de março, quando os animais de pasto estarão próximos do peso ideal para abate.
“De qualquer forma, são ao menos mais 40 dias de um ambiente bastante complicado em relação à oferta. O consumo doméstico segue como um importante limitador de movimentos mais agressivos de alta, uma vez que o brasileiro médio está descapitalizado”, pontou consultor da Safras & Mercado.
Ponto de atenção
Começa a se desenhar um ambiente de instabilidade para a comercialização de carne, tanto em relação ao feriado prolongado, que tende a enfraquecer o fluxo de saída, quanto as manifestações contra a alíquota do ICMS, que devem paralisar todo o ramo na próxima terça-feira, 26. Para o mercado de boi, vale atenção e cautela tendo em vista a movimentação do atacado e, consequentemente, do varejo.
Giro do boi gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 296 a arroba, contra R$ 294/295 a arroba na quarta, 20.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço estável de R$ 290.
- Em Dourados (MS), o valor passou de R$ 285 para R$ 284.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 278, estável.
- Em Uberaba, Minas Gerais, os preços chegaram a R$ 290 contra R$ 288 observados na quarta.
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Atacado
O atacado volta a se deparar com acomodação em seus preços no decorrer desta semana. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pouco espaço para reajustes, em linha com a maior descapitalização do consumidor médio durante a segunda quinzena do mês. “Esse cenário remete a uma busca mais contundente por proteínas que causem um menor impacto na renda média. Este é justamente o caso da carne de frango e do ovo”, comenta o analista.
Nesta quinta, o corte traseiro foi precificado a R$ 20,80, por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 15,50, por quilo. Corte dianteiro também foi cotado a R$ 15,50, por quilo.