A terceira semana de novembro foi marcada por forte e surpreendente valorização da arroba, mais de R$ 50,00/@; Preço vai rumo ao novo recorde!
A terceira semana de novembro confirmou o que foi dito pelo Portal. Anunciamos que os preços da arroba iriam continuar sua trajetória de alta e que, ainda mais, iriam atingir valores recordes para algumas negociações. Quando avaliamos o cenário atual, sem muitas delongas, só a um rumo para os preços da arroba e, com certeza, é o recorde de R$ 325,00/@. Confira abaixo!
O motivo para essa firmeza no mercado do boi gordo é que os frigoríficos devem continuar com dificuldade em encontrar boiadas prontas para abater nas próximas semanas, o que abrirá caminho para novas valorizações da arroba!
Fechamento da semana e perspectivas
Os preços da arroba do Indicador do Boi Gordo/CEPEA, voltaram a subir em novembro, teve nova disparada de preços com uma valorização diária de 0,37%, fazendo com que o preço ficasse cotado a R$ 314,15/@, acumulando uma valorização de quase 22,19% no mês de novembro. Só no mês de novembro a alta já chegou a R$ 57,05/@, apoiado na baixa oferta de boiada gorda. Veja o gráfico!
Segundo o app da Agrobrazil, os preços na praça paulista estão variando de 312,00/@ a R$ 320,00/@. A melhor negociação, informada neste domingo, ficou para Arealva/SP, com preço pago de R$ 320,00/@ na boiada gorda, com pagamento à vista e abate no dia 30 de novembro.
No decorrer da semana, a cotação do boi gordo subiu R$12,00/@, a da vaca gorda R$10,00/@ e a da novilha gorda R$11,00/@, segundo o comparativo da Scot Consultoria.
Já a praça de Goiás teve média de R$ 289,24/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 297,17@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ 298,83/@, ainda segundo o app. Já outras consultorias e analistas de mercado, apontam para uma grande pressão dos pecuaristas que, com certeza, devem conseguir negociações de até R$ 325,00/@ para essa semana.
Escalas de Abate
A oferta do boi gordo continua escassa nas principais praças do país, o que mantém as escalas de abate encurtadas e a média nacional estável na casa dos 5 dias úteis. Confira:
- Em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com 7 dias úteis já programados, avanço de 3 dias no comparativo semanal.
- Em Tocantins a escala se manteve estável e os abates estão programados para 7 dias úteis.
- Os frigoríficos mineiros e goianos e mato-grossenses fecharam a semana com 5 dias úteis programados, mantendo-se estáveis ante a semana anterior.
- Em Mato Grosso do Sul, as programações de abate se encontram em 4 dias úteis, queda de 2 dias no comparativo semanal.
- Já as indústrias rondonienses encerraram a sexta-feira com as escalas estáveis quando comparado a semana passada, na casa dos 3 dias úteis preenchidos.
A Rússia já foi o maior importador de carne bovina do Brasil
A Rússia removeu as restrições que mantinha desde 2017 para as exportações de carne bovina de um frigorífico brasileiro e habilitou outro para iniciar as vendas para lá. As autoridades russas oficializaram a decisão sobre as duas unidades no início desta semana e informaram pessoalmente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na última quarta-feira.
Os frigoríficos habilitados são o SIF 791, em Rolim de Moura (RO), e o 2911, localizado em Mirassol d’Oeste (MT). Poderão entrar na Rússia produtos fabricados nessas plantas, como carne, miudezas e gorduras bovinas, a partir da última terça.
A planta de Mirassol D’Oeste foi reabilitada e a planta de Rolim de Moura foi habilitada!
Assessoria Minerva
Mercado interno irá determinar a força da alta
A China segue sem se posicionar, mantendo a carne bovina brasileira descredenciada. Assim, não há uma previsão concreta de quando haverá a retomada das compras por parte do principal importador de carne bovina brasileira.
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Segundo o médico veterinário Leandro Bovo, sócio e diretor da Radar Investimento, após a subida impressionante do boi gordo – que saltou de R$ 260/@ em São Paulo para 315/@ –, resta saber se o valor da arroba vai superar o pico do ano (máxima de R$ 320/@).
Na avaliação do analista, a margem da indústria no mercado interno vai ditar o limite desse movimento de alta. No curtíssimo prazo, afirma o analista, tudo leva a crer que esse equilíbrio se dará sem a China nas compras. “Logicamente que ninguém sabe quando as compras serão retomadas, porém as sinalizações recentes apontam para a volta somente em 2022”, prevê Bovo.