Depois de uma semana de “grandes valorizações” os preços da arroba vão disparar e podem ter uma nova referência sendo estabelecida no mercado!
O mês de março pode ser categorizado como um “mês de valorização” para o mercado da arroba do boi gordo. Com os preços elevados ganhando consistência sustentado, principalmente, pela baixa oferta de animais prontos para abate. Entretanto, existe dois fatores que podem trazer para o mercado o valor de R$ 320,00/@ como referência para as negociações. Confira!
Com pecuaristas de olho nas margens, da mesma forma que os frigoríficos. Mesmo com os preços elevados, os frigoríficos não conseguiram avançar suas escalas de abate de modo satisfatório, com uma ou outra exceção, já que o boi gordo sumiu do mercado!
Fechamento da semana
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 311,11/@, na sexta-feira (19/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 289,91/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 298,85/@.
A cotação da novilha subiu R$2,00/@, estando negociada em R$297,00/@, preço bruto e a vista. Em relação a vaca, os preços estão estáveis em R$281,00/@ nas mesmas condições.
Já o Indicador do Cepea Boi Gordo/B3, após apresentar forte valorização e o preço recorde atingindo R$ 313,50/@ para a praça paulista, o valor fechou a R$ 311,50/@.
Com um mercado pautado pela baixa oferta de animais, a semana foi pautada por novas valorizações nos preços, o Indicador do Cepea voltou a bater recorde e já ocorreu negociações pontuais a R$ 320,00. Mas quais os fatores que podem trazer novos recordes? Confira abaixo!
Motivos para disparado boi gordo
Escalas de abate
As programações de abates encerraram a semana apertadas. Em algumas regiões como São Paulo e Goiás, as escalas se tornaram mais curtas ainda frente a semana anterior. A escassez de animais prontos para abate continua ditando o ritmo, e, neste cenário, as escalas permanecem encurtadas nas principais regiões produtoras do Brasil.
Exportações aquecidas
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nas duas primeiras semanas de março, o Brasil registrou um fluxo médio de 5,9 mil toneladas/dia de carne bovina in natura, um crescimento de 4,2% em relação ao resultado de março/20. Além do aumento nos volumes exportados, foi observado avanço de 8,4% ao preço por tonelada exportada, negociando pelo valor de US$ 4.570,6/ton.
Essa arrancada nas compras, aliadas ao baixo volume de gado disponível aquece a disputa no mercado pelos animais e melhores ofertas de preços.
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Auxílio Emergêncial
Foi aprovado o pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial, sendo assim, as novas parcelas do auxílio emergencial à parte da população e a redução do imposto de ICMS em São Paulo devem trazer fôlego à demanda por proteína bovina, gerando maior demanda e liquidez no mercado.
Em resumo, a escassez de fêmeas para abate – retidas pelos pecuaristas para uso como matrizes –, a baixa oferta de boi gordo terminado e o avanço crescente das exportações brasileiras de carne vão contribuir para novos aumentos na arroba do boi gordo nesta semana de março, com preço alcançando R$ 320,00/@ como referência para animais padrão exportação!
