Arroba vai disparar nesta semana, confira porque!

A oferta enxuta de boiada na praça e as escalas curtas são fatores que unidos a chega dos salários e aumento das exportações podem favorecer a alta!

Nas últimas semanas, a pressão de baixa nos preços da arroba imposta pelos frigoríficos não surtiu o efeito desejado, pois o mercado continua sendo sustentado pela oferta restrita de animais e pela redução da capacidade de abate entre as indústrias espalhadas pelo País. Arroba tem motivos para disparar nesta semana, confira abaixo!

Para os animais que atendem os requisitos para exportação as ofertas de compras chegam até R$305,00/@, preço bruto e à vista. A retomada das exportações devem subir esse ágio e acirrar ainda mais a disputa pela matéria-prima nas praças onde há frigoríficos habilitados a exportação.

Fechamento da semana

Os preços da vaca e da novilha gordas também permaneceram estáveis, negociadas, respectivamente, em R$ 280,00/@ e R$ 290,00/@, preços brutos e à vista.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 298,97/@, na sexta-feira (19/02), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 284,87/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 281,31/@.

O indicador do boi gordo do Cepea teve um leve recuo de 0,23% e passou de R$ 303,75 para R$ 303,05 por arroba. Dessa forma, em 2021, a valorização acumulada da arroba chegou a 13,44%. No atacado, os preços ficaram estáveis.

Mercado Futuro disparando

A arroba do boi gordo ultrapassou R$ 300 no fechamento pela primeira vez na história da B3. O vencimento para fevereiro passou de R$ 299,25 para R$ 301,50 por arroba. No contrato de maio, a alta foi de R$ 283,60 para R$ 285,85. Apesar de o mercado físico apresentar leve queda dos preços nos últimos dias, o futuro se ajusta aos dias finais de negociação do contrato que vence este mês.

Escalas de abate em forte retração

As escalas de abates encurtaram na última semana na maioria das regiões, pressionando o cronograma dos frigoríficos.

  • Em São Paulo, as programações de abate encerraram a semana com 5,0 dias úteis, encurtando dois dias em comparação a semana anterior.
  • Já em Goiás e Mato Grosso do Sul, as indústrias encerraram a sexta-feira ambas com 5,0 dias úteis.
  • Na região mato-grossense e mineira, onde a situação estava crítica, houve uma sútil melhora. Os trabalhos fecharam a semana com 5,0 dias úteis no Mato Grosso.
  • Em Minas Gerais, a sexta-feira se encerrou com escalas de 4,0 dias.

A partir de março, esperamos que ocorra uma retomada dos embarques à China, devido ao fim das comemorações do Ano Novo Lunar no país asiático. Esse fator, como supracitado, deve trazer uma melhora nas margens dos frigoríficos, aumentando assim a corrida pelo boi e aumento dos valores ofertados pela matéria-prima.

Além disso, outro fator importante é a retomada no consumo interno, tendo em vista a chegada do fim de mês e o pagamento dos salários, o que impulsiona as vendas e deve esvaziar os estoques no atacado. Lembrando que esse mercado representa cerca de 70% do consumo da carne bovina.

Os primeiros dados que chegam ao mercado pecuário já mostram que os volumes de abates em 2021 estão nas mínimas históricas devido às dificuldades na originação de ofertas de gado gordo. Isso mostra o grande impacto que tem a oferta de bois nos atuais preços.

A atenção do pecuarista se volta agora para os preços da reposição. Caso a arroba tenha qualquer retração, essa poderá representar um estreitamento das margens de lucro e, até mesmo, prejuízo diante da valorização que a cria e boi magro vem apresentando.

Se tudo combinar nesta semana, deveremos observar uma valorização nos preços nas praças de exportação a partir de quarta-feira, tendo em vista que segunda-feira é um dia de avaliação e montagem das estratégias de compra por parte da indústria.

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