De norte a sul do país, estamos observando um apagão da boiada pronta para abate e uma demanda ainda mais aquecida com o início do mês!
A semana inicia com uma grande expectativa de um novo patamar de preço se estabelecendo como referência. Após fechar o mês de janeiro com uma alta de R$ 21/@ os preços seguem com negócios na casa de R$ 300,00/@ como referência. Confira agora como fecharam os preços da arroba e quais os motivos que podem trazer uma nova dispara nessa semana!
Com uma grande escassez do boi gordo no mercado, fator esse que vem sustentando os movimentos de alta nos preços da arroba, as indústrias estão “brigando” pelo animal terminado. Essa queda de braço trouxe uma alívio para o pecuarista que possui animais para negociação.
Fechamento da semana
Nesta última semana de janeiro, o mercado físico do boi gordo ainda encontrou suporte para o movimento de alta nos preços. Na média mensal, a cotação do boi gordo apresentou variação positiva de 8,3% em relação a dezembro/20.
Segundo a Scot Consultoria, na praça paulista, o boi gordo está negociado em R$300,00/@, para vaca e novilha gordas os negócios estão ocorrendo em R$282,00/@ e R$290,00/@, preços brutos e a prazo, respectivamente.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 299,94/@, na sexta-feira (29/01), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 294,63/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 283,02/@.
Destaque da semana ficou para a negociação de Pompéia/SP, o valor informado foi de R$ 305,00/@ com pagamento à vista e abate programado para o dia 09 de fevereiro.
Giro do boi gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 298/299, estável.
- Em Goiânia (GO), o valor também permaneceu inalterado, em R$ 290.
- Em Dourados (MS), a arroba ficou em R$ 287.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 280, inalterada.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços estáveis em R$ 295 a arroba.
Escalas de abate
O analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira destaca que na maioria dos estados brasileiros as programações de abate estão em níveis curtos, principalmente as indústrias em São Paulo que estão tentando preencher as escalas para o início da próxima semana. “Quase não tem escalas e nem frigoríficos que estão abatendo todos os dias da semana, por isso que as indústrias estão aceitando pagar valores acima dos R$ 300,00/@”, comenta.
Grande parte das unidades frigoríficas espalhadas pelo País está operando com capacidade ociosa elevada, justamente pela baixa disponibilidade de animais terminados. Há relatos de plantas indústrias que foram paralisadas para evitar operar com margem negativa.
Exportações aquecidas
No front externo, o fluxo das exportações de carne bovina in natura no acumulado das três primeiras semanas de janeiro (15 dias uteis) foi de 5,67 mil ton./ dia, um desempenho 6,7% superior à média de janeiro de 2020, mas com uma retração de 12,5% frente ao mês anterior, efeito de ajuste às demandas internacionais, sobretudo por parte do mercado chinês, destaca a IHS.
Mercado interno
Responsável por cerca de 70% do consumo da carne produzida pelo país, o mercado interno segue patinando nas compras, já que a população sofre com o desemprego e retirada do auxílio emergencial. Entretanto, o pagamento dos salários e a reabertura dos comércio em centros importantes nessa semana podem trazer um avanço nesse consumo.
Caso seja verificado qualquer sinal de melhora no consumo interno, os frigoríficos terão dificuldades em recompor os seus estoques que, por hora, trabalha ajustado e sem grande perspectiva de alongamento das escalas de abate.
Arroba pode disparar nessa semana
Segundo os fatores supracitados, os preços da arroba já estabeleceram um patamar de R$ 300,00/@ nas negociações em importantes praças pecuárias. Entretanto, ao final da última semana, algumas negociações já alongaram para R$ 305,00/@.
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Diante disso, essa semana poderemos observar o preço de R$ 305,00 se tornando referência e algumas negociações já atingindo o patamar de R$ 310,00/@ para animais próximo a indústrias e com grande qualidade de carcaça.
Ponto de atenção se volta para as negociações a prazo e as margens dos frigoríficos que estão preocupando, principalmente os menores, já que podemos ter uma retração ainda maior.