Os preços da arroba vão disparar essa semana, sustentado pela menor oferta e aumento do consumo interno, mas o médio prazo traz um alerta!
Os preços do boi gordo continuaram subindo com força no mercado físico brasileiro na última semana, o cenário fundamental permanece construtivo para o pecuarista, com uma oferta de animais terminados restrita neste período de transição entre safra e entressafra. Analistas alertam para a segunda quinzena de julho. Confira!
Em apenas sete dias, o preço do boi gordo em São Paulo saltou de R$ 212/@ (em 19/6) para R$ 218/@ (26/6), (valores a prazo), um avanço de R$ 6/@, segundo dados da Informa Economics FNP. Em Cuiabá, MT, no mesmo intervalo de comparação, a cotação do animal terminado saiu do patamar de R$ 180/@ para R$ 187/@, à vista. Em Dourados, MS, o preço à vista pulou de R$ 195/@ para R$ 207/@.
Fechamento da semana
Segundo negócios informados no app da Agrobrazil, os preços apresentaram uma alta nas principais praças do Brasil, garantindo melhores retornos com viés de alta no preço da arroba. Além da nova máxima de R$ 222/@ que foi vista nesta semana.
Destaque para o estado de São Paulo, que em Parapuã, ficou cotado em R$ 222/@ com pagamento à vista e abate para o dia 06 de julho. A média Cepea, para São paulou, ficou em R$ 218,35/@, fechando a semana em alta. Já a média Agrobrazil, fechou a semana, também com alta, com valor de R$ 220,91/@, com preços variando de R$ 215 a R$ 221, para o estado de São Paulo.
Segundo Safras & Mercado:
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 25 de junho:
- São Paulo (Capital) – R$ 213,00 a arroba, contra R$ 209,00 a arroba em 18 de junho, subindo 1,91%.
- Goiás (Goiânia) – R$ 208,00 a arroba, ante R$ 200,00 a arroba (4%).
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 209,00 a arroba, contra R$ 203,00 a arroba (2,96%).
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 206,00 a arroba, ante R$ 200,00 a arroba (3%).
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 189,00 a arroba, contra R$ 183,00 a arroba (+3,3%).
O que esperar do preço da arroba?
A preocupação com o “embargo” por parte da China, foi afastada nesta semana. Os principais frigoríficos brasileiros assinaram um termo garantindo que não há contaminação entre funcionários no chão de fábrica. Além disso, as normativas acertadas junto aos ministérios da Agricultura, Economia e Saúde têm sido rigorosamente cumpridas segundo Safras&Mercado.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda aponta para reajustes no curto prazo, com boas expectativas para a primeira quinzena de julho, quando o consumidor médio estará capitalizado.
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Alerta
O Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone, Caio Toledo Godoy, destacou que novas altas para os preços do boi gordo devem ocorrer no curto prazo. “A baixa oferta de animais tem sido o fator preponderante no mercado e isso deve durar mais quinze dias”, afirma.
Entretanto, a alta pode ser limitada pelos preços da carne no varejo e pela entrada de animais do primeiro giro de confinamento em meados de julho. Ou seja, no curto prazo a expectativa são de novas altas nos preços do boi, mas o pecuarista deve ficar atento para a segunda quinzena de julho.