Preços da arroba já subiram mais de 50% nos últimos 12 meses, e deve continuar sua guinada ao recorde de R$ 320,00 nesta semana, confira!
As próximas semanas podem ser decisivas para o mercado físico do boi gordo, o produtor segue cauteloso na venda dos animais e o mercado já paga até R$15/@ no prêmio exportação. A arroba bovina teve preço reajustado em 53% nos últimos 12 meses e deve disparar nesta semana, confira!
Nesta segunda semana de março, o mercado físico do boi gordo registrou pouca liquidez de negócios, ainda sob efeito da oferta restrita de animais prontos para abate, além do posicionamento mais cauteloso nos negócios, tanto por parte das indústrias quanto dos pecuaristas.
Fechamento da semana
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 310,31/@, na sexta-feira (12/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 292,48/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 290,01/@.
Segundo a Scot consultoria, em relação à vaca gorda, houve um acréscimo de R$1,00/@ no comparativo dia a dia, sendo negociadas em R$283,00/@, preço bruto e a prazo. A cotação do preço da novilha gorda permaneceu estável em R$297,00/@, nas mesmas condições.
O indicador do boi gordo do Cepea apresentou nova valorização, batendo a máxima histórica da série ao fechar em R$ 310,50/@. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 16%. Em 12 meses, os preços alcançaram 53,00% de alta.
Segundo relatos da IHS Markit, os primeiros lotes terminados a pasto ainda chegam ao mercado de forma muito esparsa. Além da baixa oferta de boiadas alimentadas exclusivamente com capim (devido ao atraso este ano na chegada da chuva no Brasil-Central), os pecuaristas seguram propositalmente os lotes nas fazendas.
Escalas de Abate
Após leve avanço, esta semana foi marcada pelo encurtamento nas programações de abate nas principais regiões produtoras. A procura pelo boi gordo continua alta, mesmo que o mercado interno continue com baixíssima liquidez, as exportações seguem aquecidas. Escalas de abate giram na média brasil entre 3 e 4 dias.
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Exportações podem trazer novas altas na arroba
No mercado externo, a demanda sinalizou grande força, incentivada pelo enfraquecimento do real frente ao dólar e retomada das vendas a China. De acordo com a Secex, o volume embarcado na primeira semana de março alcançou 30,5 milhões de toneladas, com uma média diária de 6,1 mil ton./ dia, avanço de 7,7% em relação a fevereiro/21 e 6,8% superior à média registrada em março/20.
Além da melhora de volumes vendidos ao exterior, o preço por tonelada exportada ficou em US$ 4.583, valor 11,4% maior que o de março/20. Nesta semana, alguns Estados e municípios receberam do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o reconhecimento nacional como locais livres de febre aftosa sem vacinação, fator que pode alavancar a demanda internacional por carne bovina, como é o caso do Rio Grande do Sul.