A baixa oferta de animais e a necessidade da indústria em garantir matéria prima segue alta e são fatores de vermos a o recorde de R$ 330,00!
O mercado do boi gordo encerrou o mês de março com saldo positivo, refletindo em uma alta média de R$ 20,00/@ mostrando que o mercado segue firme com o viés de alta. O preço do boi gordo não será diferente nesta semana, sendo que o mês já abriu com quebra de recorde nos preços na véspera do feriado.
O principal motivo que tem ditado o tom do mercado do boi gordo pelo país contínua o mesmo, a menor oferta de animais prontos para abate. Entretanto, só esse fator não será suficiente para uma nova alavancada nos preços de referência do boi gordo, por isso iremos mostrar porque o preço poderá atingir o valor de R$ 330,00/@.
Fechamento da semana
A semana curta, marcada pelos feriados e o final da quaresma, acabou complicado as compras de boiada pelas indústrias. Entretanto, aquelas que estão habilitadas a exportação, aproveitaram a alta do dólar para poder pagar mais e o mercado subiu o referência de preço para R$ 320,00-325,00/@ nas praças paulistas.
O Indicador Cepea/Esalq abriu o mês de abril com grande valorização e voltou a bater recorde. O valor saltou de R$ 315,00/@ para R$ 320,77/@, emplacando alta de quase 7% ante a abertura do mês, na praça de Bauru/SP.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 315,24@, na quinta-feira (01/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 299,56/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 298,35/@.
Segundo a Scot Consultoria, a novilha gorda é negociada a R$304,00/@, preços brutos e a prazo. Já para a vaca gorda, a alta foi de R$2,00/@, negociada em R$287,00/@, preço bruto e a prazo.
Arroba poderá bater R$ 330,00, veja os motivos
Escalas de abate
Com a chegada do feriado, as programações de abate seguem apertadas, com a indústria apresentando grande necessidade de compra!. Ainda assim, o cenário é de cronogramas apertados na grande parte das praças produtoras, com escalas em torno de 2 a 4 dias.
Oferta de fêmeas
Os pecuaristas estão apreensivos e de olho nas valorizações da cria, com isso a retenção de fêmeas é grande, reduzindo assim a mínimos a oferta das vacas gordas e novilhas gordas para as indústrias. Quadro esse que deve continuar se acentuando, já que a reposição apresenta grande valorização de norte a sul do país.
Exportações aquecidas e valorização do dólar
O mercado externo vem apresentando grande aumento na demanda, já que a principal compradora do pais, a China, ainda tenta recompor seu rebanho de suínos. Além disso, um ponto que chama atenção é a valorização do dólar, o que favorece a carne bovina brasileira frente aos seus concorrentes e permite, então, que a indústria ofereça melhores preços pelas categorias de animais até 30 meses.
Pagamento dos salários e auxílio emergencial
O início do mês é marcado pelo pagamento de salário e, em especial, o pagamento do auxílio emergencial e com essa nova “injeção de poder de compra” no mercado interno, teremos aumento da demanda e, consequentemente os frigoríficos que atendem somente esse mercado terão que ofertar melhores preços para “brigar” com a indústria que busca animais para exportação.
Pecuarista de olho na margem
Os pecuaristas estão de olho nas suas relações de troca com a alta expressiva da reposição e dos insumos. Esses fatores tem estreitado as margens de lucro das fazendas e, por isso, o pecuarista não aceitará negociar seus animais a preços baixos.
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Em resumo
Início de mês e chegada do auxílio emergencial podem contribuir para uma melhoria no consumo doméstico de carne bovina, embora esse seja o ponto fraco do mercado do boi gordo atualmente. Esses fatores supracitados, devem trazer um novo degrau de preço acima para o valor da arroba.
Segundo nossos levantamento, devemos observar a indústria mais ativa nas compras já na abertura da semana, já que precisam recompor suas escalas de abate e seus estoque que estão baixos neste momento. Por isso, arroba poderá sim atingir o recorde nominal de R$ 330,000/@.