Arroba vai a R$ 302 e bate novo recorde, sobe mais?

O mercado contínua aumentando os preços ofertados, mas não há sinais de melhora na lacuna da oferta de boi gordo no momento, pressionando os valores!

Os preços da arroba no mercado interno voltaram a subir nessa última terça-feira, 2. A pouca oferta de animais terminados segue ditando o rumo do preço da arroba que, mesmo atingindo valores recordes, não tem encontrado facilidade na aquisição da matéria prima.

Segundo a IHS Markit, o volume de negócios efetivados no mercado físico do boi gordo foi extremamente baixo. Essa morosidade, está associada ao forte quadro de escassez de oferta de boiada gorda e à dificuldade das indústrias frigoríficas em compor adequadamente as suas escalas de abate.

Nas praças paulistas, segundo apurou a Scot Consultoria, “O boi gordo vale R$ 300/@ em São Paulo (valor bruto e a prazo), um acréscimo de R$ 3/@ em relação ao preço da última sexta-feira. As cotações das fêmeas destinadas ao abate tiveram alta ainda mais forte nesta terça-feira, informa a Scot, alcançando R$ 282/@, o que representou valorização diária de R$ 5/@”.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 299,10/@, na terça-feira (26/01), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 299,53/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 284,48/@.

Os preços na praça paulista estão variando de R$ 295,00 a R$ 302,00/@, segundo os negócios informados no app. O destaque ficou para o preço recorde no boi gordo, segundo a imagem abaixo. O pecuarista de Sandovalina/SP, negociou seus animais a R$ 302,00/@ com prazo de pagamento de 7 dias e abate programado para o dia 05 de fevereiro.

Já o Indicador do Cepea, após desvalorização na última sexta-feira, voltou a fechar com valorização ontem, sendo assim, atingiu o valor de R$ 298,00/@.

Atenção

“O típico descarte de vacas em começos de ano não está ocorrendo como anteriormente e, paralelamente, a terminação via cocho foi prejudicada devido aos altos custos com nutrição animal, impulsionados pelos preços recordes do milho e da soja no mercado brasileiro”, justifica a consultoria.

O ponto de atenção fica para as margens dos frigoríficos que já estão ajustadas nesse momento, trazendo um alerta para os pecuaristas.

Exportações

Após começar o ano em ritmo forte, com volumes médios embarcados na casa de 8,13 mil toneladas/dia até a primeira semana de janeiro, a exportação de carne bovina in natura caiu ao longo do mês, mas está acima dos embarques de janeiro de 2020.

Até a terceira semana de janeiro, o Brasil exportou 85,06 mil toneladas de carne bovina in natura, ou 5,67 mil toneladas na média diária. A média diária embarcada está 6,7% maior que a exportação de janeiro de 2020, cujo desempenho fora de 5,32 mil toneladas.

“O nosso boi gordo custa 52/53 dólares por @, nos EUA a mesma arroba custa 75 dólares, na Austrália 80 dólares. Além disso, nós aguardamos por um segundo semestre de retomada em mercados relevantes para o setor carnes, como o Japão, Oriente Médio e Europa”, conclui Iglesias.

Giro do boi gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 298/299, contra R$ 298 a arroba do dia anterior.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço estável de R$ 290.
  • Em Dourados (MS), a arroba passou de R$ 289/290 para R$ 287.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 280, inalterada.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, o valor ficou estável em R$ 295 a arroba.

Atacado

O atacado volta a apresentar acomodação em seus preços no decorrer da semana. De acordo com Iglesias, não há espaço para reajustes no curto prazo, em linha com a lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. “Pode haver algum espaço para reajustes durante a virada de mês, avaliando a entrada dos salários na economia. As dificuldades macroeconômicas remetem a um maior consumo de carne de frango, proteína mais acessível se comparado às demais concorrentes”, afirma.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20,80, por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 15,50, por quilo. Corte dianteiro também permanece cotado a R$ 15,50, por quilo.

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