Com pouca oferta de gado confinado, pecuarista que ainda tem estoque na fazenda tem feito bons negócios na maior parte das praças pecuárias. Confira!
Nesta quinta-feira, o mercado físico do boi gordo voltou a registrar aumento de preço em algumas importantes praças pecuárias, como em São Paulo, onde o valor máximo da arroba atingiu R$ 261, a prazo, segundo dados apurados pela IHS Markit.
O boi também subiu nas três regiões do Centro-Oeste (MT, MS e GO), Estados com representatividade no abastecimento nacional e nas exportações. Ao Norte do País, as cotações também operaram em forte alta no Pará – com registro de avanço em todas as três principais praças da região (Marabá, Redenção e Paragominas). No Tocantins, negócios envolvendo fêmeas foram realizados a valores mais elevados, de acordo com a IHS.
“Como esperado para o dia, as indústrias se posicionaram ativas nos negócios, oferecendo cotações mais altas para conseguir originar matéria prima e avançar com as escalas de abate”, relata a consultoria.
Na bolsa de mercadorias B3, os contratos a termo de boi gordo operaram predominantemente em baixa no dia de ontem (quarta-feira), movimento de correção depois dos fortes aumentos registrados na última segunda-feira. Os papéis com vencimento para janeiro tiveram retração de 1,2%, encerrando o dia em R$ 263,25/@. Para o vencimento em novembro, no entanto, houve leve valorização, fechando em R$ 266,15/@.
Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado saltou de R$ 259,84/@ na quarta-feira (07/10), para R$ 262,39/@, nesta quinta-feira (08/10), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 250,83/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 249,66/@.
Já o Indicador do Cepea, voltou a registrar preços uma grande desvalorização nesta quinta-feira, atingindo o patamar de R$ 255,30 por arroba. O questionamento é: “Como e onde tem pecuarista negociando preço abaixo de R$ 255/@ em São Paulo?”.
Demanda mais aquecida
Com a aproximação do final de semana, seguido de feriado na próxima segunda, a demanda pela carne bovina aumentou, emplacando pressão sobre a produção frigorífica, observa a IHS.
“Diante da escassez de oferta, novos lotes de boiada gorda só são efetivados mediante valorização da arroba, que segue com forte viés altista e sem horizonte de fragilizações no curto prazo”, prevê a consultoria.
Além disso, a previsão de chuvas ganha relevância, dada a dificuldade em manter os animais nos confinamentos nessas condições. A previsão é de um giro maior de confinados ao longo de outubro”, destaca.
Enquanto isso, as exportações continuam ocorrendo em nível significativo, com a China mantendo um bom ritmo de compras.
- Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 259 a arroba.
- Em Uberaba, Minas Gerais, os valores chegaram a R$ 256
- Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 253 a arroba, ante R$ 252.
- Em Goiânia, Goiás, o valor indicado foi de R$ 250 a arroba, inalterado.
- Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço também ficou estável, sendo negociado a R$ 244 a arroba.
Oferta de boi de cocho
A partir da segunda quinzena de outubro, a entrada de lotes de animais confinados deve contribuir para maior liquidez no mercado pecuário. Porém, analisa a IHS Markit, o esperado aumento de oferta de gado, não deve ser suficiente para derrubar as cotações da arroba, uma vez que, de modo geral no País, a quantidade de animais é menor que o necessário para regularidade dos abates.
Além disso, apesar do leve recuo no volume de carne bovina in natura exportado em setembro, o ritmo dos embarques segue em níveis maiores que a média histórica, devendo atingir patamares recordes também no segundo semestre.
No atacado, depois de registrar altas ontem, os preços dos principais cortes bovinos ficaram estáveis nesta quinta-feira.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela continuidade do movimento de alta nos preços, em linha com a entrada dos salários na economia, que impulsiona a reposição ao longo da cadeia produtiva.
Com isso, a ponta de agulha seguiu em R$ 14,25 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,30 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 19,30 o quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,60%, sendo negociado a R$ 5,5890 para venda e a R$ 5,5870 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5780 e a máxima de R$ 5,6470.
Compre Rural com informações da Agrobrazil, Scot Consultoria, Agência Safras, Portal DBO, IHS Markit