O valor da arroba passou de R$ 253, para R$ 255 nesta terça. Frigoríficos ainda seguem com dificuldades de compor suas escalas para abate, veja!
Mais um dia de morosidade no mercado do boi gordo, com as indústrias frigoríficas assumindo uma posição mais cautelosa nos negócios, devido sobretudo ao ambiente de insegurança gerado pelo baixo apetite do consumidor interno, além de um estreitamento nas margens de venda da carne bovina. Entretanto, o Indicador do Cepea voltou a quebrar recordes no dia de ontem, confira!
Os preços do boi gordo continuaram firmes nas principais regiões produtoras do país nesta terça-feira, 22. “Há poucas mudanças no cenário de oferta e demanda. Os frigoríficos seguem encontrando grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, devido a uma oferta de animais terminados bastante restrita em grande parte do Brasil”, diz o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado saltou de R$ 249,49/@ na segunda-feira (21/9), para R$ 252,49/@, nesta terça-feira (22/9), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 240,77/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 248,53/@.
Segundo informado pelo pecuarista de Piquerobi/SP, o valor negociado para o Boi China foi de R$ 255,00/@ com pagamento a vista e abate para o dia 29 de setembro. Esse é o maior valor registrado para a praça até o momento!
Na terça-feira, 21, o Indicador do boi gordo Cepea/B3 fechou a R$ 251,30, com elevação de 1,46% no acumulado da parcial de setembro. Já o valor do Boi Gordo, a prazo Praça de São Paulo, fechou cotado a R$ 250,27/@.
Giro das Praças
- Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 254 a arroba, ante R$ 253 na segunda-feira, 21.
- Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 251 a arroba, estáveis.
- Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a cotação foi de R$ 250 a arroba, ante R$ 249,00 – R$ 250,00 na segunda.
- Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 242 a arroba, inalterado.
- Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o valor pago foi de R$ 234 – R$ 235 a arroba, contra R$ 232 registrados na segunda.
Com os preços das bandejas de carne vermelha nas alturas, os consumidores buscam proteínas alternativas mais baratas, como ovo, frango e cortes suínos. Diante disso, os frigoríficos seguram as ordens de compras de boiadas, temendo um acúmulo excessivo de estoques nas câmaras frias.
O período atual também é desfavorável para o consumo de alimentos mais caros (como a carne bovina), pois muitos os trabalhadores, teoricamente, já gastaram boa parte dos salários recebidos no início do mês. Também é preciso levar em consideração a própria crise econômica que assola o País, reflexo, em parte, da pandemia de Covid-19, que resultou em elevação no nível de desemprego e piora no poder aquisitivo de parte da população.
No entanto, nesta terça-feira (22/9), os preços do boi gordo se mantiveram firmes na maioria das praças pecuárias, com algumas valorizações pontuais registradas em regiões do Mato Grosso e do Rio de Janeiro, segundo levantamento diário da IHS Markit.
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“Em meio a escassez de animais, algumas indústrias ainda pagam patamares elevados pela arroba, porém, encontram dificuldades para escoar a carne para os atacados, observando uma perda de margem entre os custos e o preço de venda dos cortes”, observa a consultoria.
Os frigoríficos exportadores, entretanto, conseguem administrar melhor a produção, uma vez que continuam elevando consideravelmente os vendas ao mercado internacional, com destaque para China.