As grandes indústrias frigoríficas abriram a semana exercendo pressão negativa, mas as menores continuam na busca pelo boi gordo e ofertam mais!
O mercado físico do boi gordo inicia a semana apresentando inexpressivo fluxo de negócios, o que acabou travando os preços na média geral, com avanço de preços de forma pontual em algumas negociações. Os fundamentos do mercado ainda são o mesmo, “aguardar um posicionamento definitivo da China quanto a liberação das exportações”, mas tem pontos negativos neste tema, confira abaixo!
Como já anunciado aqui no portal, o feriado na China tende a prejudicar a liberação das exportações brasileiras, ou seja, fazendo com que o embargo se arraste no decorrer da semana, mantendo as indústrias habilitadas a exportar para a China em compasso de espera, lembrando que alguns países já retomaram as importações da carne bovina brasileira.
O mercado abriu a semana com poucos negócios, aguardando solução para o fim da suspensão da exportação de carne bovina para a China. Com isso, as cotações ficaram estáveis comparadas à última sexta-feira (17/9). O boi, vaca e novilha gordos estão cotados, respectivamente, a R$302,00/@, R$285,00/@ e R$299,00/@, preços brutos e a prazo, apontou a Scot Consultoria.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 300,78/@, na segunda-feira (20/09), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 273,67/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 295,76/@.
O preço médio para os animais é de R$ 300,00 a R$ 310,00/@ com o mercado travado, porém, segundo informações dos pecuaristas da região mineira, as indústrias menores pagam até R$ 312,00/@ para garantir a matéria-prima, já que os pecuaristas também travaram as vendas com a alta dos custos.
O Indicador do Cepea, em meio a “bagunça do mercado” voltou a apresentar valorização e os valores saltaram de R$ 302,75/@ para o patamar de R$ 300,40/@, uma queda de 2,34% no comparativo diário. O Indicador observou uma grande oscilação na média móvel do Indicador, mas apresenta ainda um recuo de quase 6% neste mês.
Mercado Futuro
Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram alta em toda a curva pelo segundo dia consecutivo. Porém, enquanto não houver posicionamento da China, os preços terão variações bem limitadas. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 301,35 para R$ 302,50, do outubro foi de R$ 306,05 para R$ 307,85 e do novembro foi de R$ 315,00 para R$ 317,05 por arroba.
Exportações liberadas?
Os últimos dias tem demonstrado muita volatilidade sobre o mercado do boi gordo brasileiro diante da indefinição do governo chinês sobre a liberação dos embarques de carne bovina para o país. Ao que tudo indica o governo brasileiro já prestou todos os esclarecimentos e a “bola” está com o governo chinês.
O trabalho logístico é árduo neste momento, com os frigoríficos ainda remanejando suas escalas de abate e ainda no aguardo para liberar a carne estocada em câmaras frias ou nos portos. A verdade é que, quanto mais tempo para que o embargo seja levantado, maiores as complicações para o mercado pecuário brasileiro, coloca.
Até o momento apenas a Arábia Saudita levantou todas as restrições que haviam sido impostas anteriormente, lembrando que os Emirados Árabes, que compraram 29,056 mil toneladas (+13,5%) no período de janeiro a agosto deste ano.
Giro do boi gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou estável em R$ 304 na modalidade à prazo.
- Em Goiânia (GO), a arroba avançou de R$ 285 para R$ 290.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 302, estável.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 284, contra R$ 285 de sexta-feira.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 302, contra R$ 304 da sexta-feira.
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Atacado
O mercado atacadista permanece com preços acomodados. O ambiente de negócios sugere para pouco espaço para reajustes no curto prazo. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 758,4 milhões em setembro (12 dias úteis), com média diária
de US$ 63,2 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 130,5 mil toneladas, com média diária de 10,876 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5,8 mil.
Em relação a setembro de 2020, houve ganho de 127,6% no valor médio diário da exportação, alta de 60,4% na quantidade média diária exportada e valorização de 41,8% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 16,30. Ponta de agulha também permanece precificada a R$ 16,30, por quilo. Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 21,50, por quilo.