Os pecuaristas voltam a aumentar as pedidas, acima de R$ 310,00/@, com as indústrias mantendo a imagem de “escalas confortáveis”; Confira abaixo!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta terça-feira, 11. O mercado segue travado e com baixa fluidez nas negociações, resultado da queda de braço entre as indústrias e os pecuaristas. As escalas de abate não seguem tão confortáveis neste momento como pregam os frigoríficos!
Preço do boi gordo em São Paulo volta a demonstrar força no mercado físico, com pecuaristas firmes nas pedidas acima dos R$ 310,00/@. As indústrias seguem preocupadas com o tamanho da safra e o impacto da recuperação no consumo interno e dos volumes crescentes na exportação.
Segundo os dados divulgados pela Scot Consultoria, as negociações em R$306,00/@, preço bruto e a prazo, no boi gordo para o mercado interno, se concretizaram, um recuo de R$1,00/@ na comparação feita dia a dia. As cotações das fêmeas ficaram estáveis.
As indústrias que estão habilitadas a exportação, estão mais ativas e precisam cumprir os contratos, ou seja, os bovinos jovens, com até 4 dentes, apresentam um ágio de até R$9,00/@.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 307,08@, na terça-feira (11/05), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 285,37/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 293,45/@.
Já o Indicador do Cepea voltou a ter grande valorização, na casa de 0,69%, fazendo com que os preços tivessem um salto para R$ 312,10/@. Os pecuaristas poderão observar novas valorizações ao longo desta semana, já que as indústrias trabalham ainda com grande ociosidade!
Arroba em valorização
Os preços da arroba tiveram uma queda de 3,24% em vinte dias, mas o valor está 56% acima frente ao ano passado. “No dia 16 de Abril deste ano, a arroba atingiu a máxima de R$ 318,00/@ em São Paulo, e agora, tivemos uma redução para R$ 308,00/@”, informou o Analista Sênior DATAGRO, João Otávio Figueiredo.
Na B3, o contrato com vencimento em maio/21 registrou 797 negociações e fechou o dia com uma variação de 0,44%, na casa dos R$ 307,85/@. A movimentação do boi gordo na bolsa brasileira segue em recuperação após as quedas registradas nas últimas semanas. A firmeza dos preços no físico dão suporte para as altas dos últimos dias.
Escala de abate não estão confortáveis
Apesar da melhora no quadro de oferta nas últimas semanas, os frigoríficos estão trabalhando com apenas um terço da sua capacidade de abate e algumas plantas ainda seguem paradas.
As notícias de escalas de abate confortáveis precisam ser averiguadas, e o pecuarista continua a manter a pressão para que a queda nos preços não sejam concretizadas. O mercado já começa a observar sinais de que a safra está chegando ao fim e os preços vão voltar a subir no curto prazo!
Apesar da pressão de baixa dos compradores, os pecuaristas evitam fechar negócios a preços menores, observa IHS. Ao mesmo tempo, continua a consultoria, os produtores tentam driblar os altos custos da nutrição e proteger melhor as suas margens.
“Pecuaristas de pequeno e médio porte venderam boa parte dos seus animais terminados a pasto, optando por engordar o restante do rebanho por meio de parcerias com grandes empresas do segmento (boiteis), visando maior retorno no segundo semestre”, informa a IHS.
Na entressafra, a dinâmica será outra, com a potencial redução do confinamento de primeiro giro em função do avanço dos custos pecuários. Ou seja, o mercado voltará a se deparar com um quadro pautado pela restrição de oferta.
Giro do Boi Gordo Pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 304 – R$ 305.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290 a arroba.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 290.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 302.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 297 a arroba.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.
“Além disso, a carne de frango ainda dispõe da predileção do consumidor médio que ainda opta por proteínas que causem um menor impacto em sua renda média, consequência do lento processo de recuperação econômica no decorrer de 2021”, disse o analista.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,45 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,95 o quilo.