O preço disparou no mercado interno com a maior atuação das indústrias nas compras e, somado a isso, temos uma retomada positiva das exportações!
O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta terça-feira, 8, com um destaque para as novilhas e bovinos no mercado interno. Na região Centro-Oeste, devemos observar uma continuidade da elevação nos patamares de preços da arroba. O destaque de ontem ficou para as novilhas que alcançaram o patamar de R$ 320,00/@!
Os frigoríficos não possuem mais “artifícios” para evitar novas elevações de preços. Atualmente, com o objetivo de recompor as curtas escalas de abate – hoje ao redor de cinco dias úteis –, as indústrias frigoríficas foram obrigadas a abandonar a estratégia de cautela nas aquisições de boiada gorda.
Segundo a Scot Consultoria, mais um dia de alta em São Paulo. Depois da alta de R$2,00/@ do boi gordo ontem (7/6), frigoríficos abriram o mercado ofertando mais R$1,00/@ do boi e da novilha gorda. Com isso, o boi, a vaca e novilha gordos, destinados ao mercado interno, estão apregoados, respectivamente, em R$315,00/@, R$292,00/@ e R$305,00/@, preços brutos e a prazo.
O indicador do boi gordo do Cepea subiu quase R$ 8 em um único dia e teve a maior alta diária do ano. A cotação variou 2,57% em relação ao dia anterior e passou de R$ 308,75 para R$ 316,7 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 18,55%. Em 12 meses, os preços alcançaram 54,34% de alta.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 317,44/@, na terça-feira (08/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 293,46/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 310,20/@.
Na praça paulista, os negócios estão atingindo preços de até R$ 325,00/@ para alguns lotes pontuais, conforme informado por fontes próxima as indústrias. O destaque ficou para as novilhas que, segundo as informações, foram negociadas por R$ 320,00/@ para as praças paulistas, veja imagem abaixo!
Os pecuaristas, até o momento, obtiveram sucesso na estratégia de barganhar preços melhores para seus animais terminados em confinamento, acrescenta a consultoria. No entanto, a janela que permitia a engorda terceirizada, por meio de boiteis, já se encontra fechada, pondera a IHS.
“O uso máximo da capacidade instalada dessas propriedades tornou o custo diário inviável para os pecuaristas, principalmente depois dos avanços nos custos de animais mais erados”, observa a consultoria. Nesse cenário, continua a IHS, o mercado do boi gordo retoma a sua trajetória de alta nos preços da arroba.
Mercado Futuro
Na bolsa brasileira, a B3, por outro lado, a curva futura dos contratos do boi gordo não acompanhou o mercado físico e teve recuo em todos os vértices. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 321,75 para R$ 321,00, do outubro foi de R$ 337,15 para R$ 336,10 e do novembro, de R$ 337,45 para R$ 336,40 por arroba.
Em relação à demanda de carne bovina, o fluxo de embarques foi bastante positivo na primeira semana de junho. Ao que tudo indica, a China seguirá absorvendo lotes expressivos de proteína animal brasileira em 2021.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318, na modalidade à prazo, estável.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 301, inalterada.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 309, contra R$ 307.
- Em Cuiabá, o valor chegou em R$ 307, ante R$ 306.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 310 a arroba, ante R$ 308.
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Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “O consumidor médio segue optando por proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, algo natural dadas as circunstâncias macroeconômicas”, diz Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo, alta de cinco centavos. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, alta de vinte centavos, assim como a ponta de agulha, com mesmo preço e variação.