Fatores como: demanda aquecida dos mercados interno e externo, o apagão de oferta de boiada e retomada econômica, reforça tendência de alta da arroba.
Observamos uma semana com grande força no movimento altista diante das dificuldades de compra de gado nas principais regiões pecuárias do País. O número de animais confinados foi menor, trazendo grande impacto na oferta de animais, aliado a um momento de maior demanda externa e retomada do consumo interno, trazendo pressão altista para os próximos dias. Confira!
“A escassez de boiada gorda é resultado do atraso na alocação dos animais para os confinamentos (efeito pandemia e dos altos custos de insumos), além da dificuldade de manejo de lotes de pastagem extensiva devido aos atrasos de ocorrência de chuva”, justifica a IHS Markit.
Fechamento da semana
Nesta sexta-feira, o mercado físico do boi gordo registrou nova rodada de alta nos preços entre algumas das principais praças pecuárias do Brasil. Frigoríficos operam com escalas apertadas, preenchendo as programações ainda para o início da próxima semana.
Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 261,25/@, nesta sexta-feira (15/10), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 249,79/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 256,03/@.
Já o Indicador do Cepea, voltou a registrar preços uma grande valorização, continuando a sua escalada recorde, atingindo o patamar de R$ 263,65 por arroba. Esse valor traz um grande otimismo para a abertura da semana
Segundo a Scot Consultoria, os preços em Alagoas, seguem com maior valorização, tendo como base o valor de R$ 280,00/@, lembrando que esse valor é livre de Funrural.
A estabilidade não se repetiu para as fêmeas. A cotação da arroba da vaca gorda subiu R$1,00 em relação ao dia anterior (15/10) e ficou em R$251,00, preço bruto e a prazo. Os preços das novilhas subiram na mesma toada e ficaram em R$257,00/@, alta de 0,4% na comparação diária.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 16 de outubro:
- São Paulo (Capital) – R$ 264,00 a arroba, contra R$ 259,00 a arroba em 08 de outubro, subindo 1,54%.
- Goiás (Goiânia) – R$ 253,00 a arroba, contra R$ 250,00 a arroba (1,2%).
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 260,00 a arroba, ante R$ 256,00 a arroba, subindo 1,56%.
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 256,00 a arroba, ante R$ 254,00 a arroba (0,39%).
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 250,00 a arroba, contra R$ 248,00 a arroba (0,81%).
Olha arroba disparando novamente
Na avaliação dos analistas, tudo indica que, mesmo com os aumentos recentes, ainda há espaço para mais avanços da arroba no curto e médio prazos, motivados principalmente pela grande dificuldade dos frigoríficos em encontrar boiadas disponíveis para venda.
Em algumas praças pecuárias, a especulação no mercado do boi gordo é tão intensa que inviabiliza a formação de preços referenciais, observa a IHS Markit.
A forte tendência altista no setor se reflete nos contratos a termo negociados na bolsa de mercadoria B3. Os papéis com vencimento para novembro/20, por exemplo, operaram acima de R$ 280/@ durante quase toda a semana.
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Além da escassez de oferta de gado gordo, os movimentos altistas nos preços futuros incorporam também as expectativas de bons níveis das vendas de carne nos próximos meses, tanto no ambiente interno como externo. “Com a aproximação das festividades de final de ano, espera-se que o consumo de proteínas nos atacados domésticos seja beneficiado pela maior entrada de massa salarial”, relata a IHS.
Diante do exposto acima, fatores como a demanda aquecida dos mercados interno e externo, o apagão de oferta de boiada e retomada econômica, reforça tendência de alta da arroba. Sendo assim, devemos observar o preço de R$ 270 se tornando referencia nas praças paulistas nos próximos dias.