Os valores da arroba abriram a semana com firmeza no viés de alta e o destaque é para o ágio dos animais para exportação que atingiram R$ 10/@.
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta segunda-feira, 14, com o destaque para o ágio do boi padrão exportação em relação ao boi comum. A semana começa com os frigoríficos ainda encontrando alguma dificuldade na composição de suas escalas de abate, com uma grande lacuna na oferta de boi gordo, agora posicionadas entre três e cinco dias úteis.
O pecuarista segue animado com os preços do boi gordo, mas com o olhar voltado para o preço dos insumos e da reposição. As notícias de quebra na safrinha e maior demanda global pelos grãos é fator preocupante para conseguir fechar a conta dentro da porteira.
O volume de negócios hoje foi menor em São Paulo, apontou a Scot Consultoria, e os preços no mercado do boi gordo seguiram estáveis em relação à última sexta-feira. O boi, vaca e a novilha gordos são negociados, respectivamente, em R$316,00/@, R$294,00/@, e R$309,00/@, preços brutos e a prazo.
O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, teve um dia de preços estáveis e segue próximo do recorde histórico de R$ 320 por arroba. A cotação ficou em R$ 319,45 por arroba. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 19,58%. Em 12 meses, os preços alcançaram 52,16% de valorização.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 315,26/@, na segunda-feira (14/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 304,31/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 308,13/@.
O destaque, conforma divulgado pelo app nesta segunda-feira, foi para o ágio do animal que atende ao padrão exportação. Segundo as informações essa diferença chegou atingir o valor de R$ 10,00/@ nas praças paulistas. É esperado que o mercado siga com grande viés de alta, tendo em vista que há uma grande lacuna entre oferta e demanda.
Mercado Futuro
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia misto, com a curva alternando entre altas e baixas, e com variações leves. O vencimento para junho passou de R$ 318,25 para R$ 318,40, o para outubro caiu de R$ 329,15 para R$ 329, e o para novembro, de R$ 329,75 para R$ 329,60 por arroba.
Mercado Interno
Os frigoríficos que atuam exclusivamente no mercado interno, sem plantas habilitadas para exportar, manifestam preocupação em relação à chegada da segunda quinzena do mês. Mas o avanço da vacinação e retomada econômica pode mudar esse cenário!
Muitas indústrias operam com margens comprometidas devido ao valor alto da boiada gorda e à dificuldade de repasse de custos ao consumidor final. A oferta de animais gordos segue bastante esparsa, mesmo com as recentes elevações no patamar de preço da arroba no mercado físico.
O resultado das exportações de carne bovina permanece positivo, apesar das notícias envolvendo a recomposição do plantel de suínos na China. No mercado doméstico a expectativa é de avanço mais amplo da demanda de acordo com a evolução da vacinação no país”, completa Iglesias.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 – R$ 319, na modalidade à prazo, ante R$ 318 a arroba na sexta-feira.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, estável.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311, ante R$ 310.
- Em Cuiabá, ao valor negociado foi de R$ 309, inalterado.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 312 a arroba estável.
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Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, a tendência é que haja menor espaço para reajustes no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.