Arroba segue na corda bamba, e agora produtor?

Semana começa com arroba firme e estável nas principais praças pecuárias; Apesar do consumo retraído, a baixa produção nos frigoríficos tem sustentado as cotações em patamares estáveis.

O mercado do boi gordo abre a semana em banho-maria, refletindo uma certa posição de conforto nas escalas de abate dos frigoríficos, além da baixa demanda pela carne bovina no mercado doméstico.

“O cenário é de firmeza e estabilidade de preços da arroba nas principais praças pecuárias”, relata a Agrifatto. Segundo a consultoria, a oferta de boiada pronta aumenta gradualmente no País, mas ainda há relatos de alguma retenção de animais terminados em pastagens que ainda fornecem suporte, como em algumas regiões do Norte e Nordeste – no restante do País, predomina o clima seco e frio.

Já no mercado físico, os participantes do aplicativo da Agrobrazil informaram negócios em Iacanga/SP para o boi china de R$ 197,00/@, à prazo com trinta para pagar e com data para o abate em 26 de maio. Em Olímpia/SP, o valor negociado para o boi com padrão exportação foi de R$ 195,00/@, à vista e com data para o abate em 04 de junho.

“Apesar do consumo retraído, a baixa produção nos frigoríficos tem sustentado o preço dos principais cortes bovinas em patamares estáveis”, informa a FNP.

Na avaliação da consultoria, no médio e longo prazos, a reduzida oferta de animais terminados e o crescente volume das exportações brasileiras de carne bovina devem sustentar patamares mais altos e firmes da arroba do boi gordo frente ao ano passado.

Giro por algumas praças nesta segunda-feira

No Mato Grosso, poucos negócios foram efetivados hoje no mercado do boi gordo, a valores mais baixos que as máximas anteriores. Alguns frigoríficos do Estado reportaram dificuldade no escoamento dos cortes bovinos e, sem necessidade de abates urgentes, limitam o fluxo de aquisições de boiada, segundo apuração da FNP.

Em Minas Gerais, sem registro de chuvas, os produtores do estado aumentaram a oferta de gado, com receio de que os animais já terminados venham a perder peso com a diminuição da massa verde nos pastos.

Em São Paulo, não houve registro de grandes negócios nesta segunda-feira e as cotações da arroba se mantiveram estáveis. As escalas dos frigoríficos pesquisados pela FNP se estendem por entre quatro a cinco dias e, com a instabilidade no consumo de carne, não deve haver atuação mais ativa dos compradores, que compram boiada gorda apenas para cumprir compromissos de até uma semana.

  • Na capital de São Paulo, os preços do boi gordo no mercado à vista ficaram em R$ 194 a arroba, ante R$ 193 a arroba na sexta-feira.
  • Em Uberaba (MG), caíram de R$ 185 a arroba para R$ 184 a arroba.
  • Em Dourados (MS), ficaram em R$ 175 a arroba, ante R$ 176 no pregão anterior.
  • Em Goiânia (GO), o preço indicado foi de R$ 180 a arroba, inalterado.
  • Já em Cuiabá (MT), ficou em R$ 171 a arroba, estável.

Mercado futuro

Nesta segunda-feira (18), os contratos futuros negociados para o boi gordo finalizaram o pregão com desvalorizações na Bolsa Brasileira (B3). Os principais vencimentos terminaram o dia em campo negativo, na qual o Maio/20 registrou uma queda de 0,15% e cotado a R$ 200,20/@.

Já o Junho/20 finalizou a sessão com um avanço de 0,23% e terminou negociado a R$ 197,90/@, enquanto, o vencimento Julho/20 registrou uma alta de 0,10% e está precificado a R$ 198,20/@. O contrato Outubro/20 está cotado a R$ 199,20/@ e teve um recuo de 0,20%.

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