O volume de animais tende a aumentar no decorrer da semana, considerando a chegada de uma frente fria, e escalas já se encontram alongadas!
O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com preços pouco alterados nesta segunda-feira, 17. Como de costume, a semana iniciou com diversas unidades frigoríficas fora das compras de gado, ainda avaliando as melhores estratégias para aquisição de boiadas no curto prazo. Ainda neste cenário, elas se aproveitam da melhora nas escalas de abate, que giram em torno de 8 a 12 dias.
Em relação à oferta, o volume de animais tende a aumentar no decorrer da semana, considerando a chegada de uma frente fria capaz de avançar sobre grande parte do Centro-Sul do país, reduzindo significativamente a capacidade de retenção por parte do pecuarista.
“O ambiente permanece complicado em relação a China, uma vez que algumas indústrias frigoríficas brasileiras permanecem embargadas. Por sua vez, a China anunciou a habilitação de 13 frigoríficos norte-americanos. A medida parece uma maneira de exercer pressão e buscar uma posição mais ativa em relação à renegociação de contratos e eventual retração dos preços de importação”, assinalou Iglesias, da Agência Safras.
Segundo a Scot Consultoria, com parte das indústrias frigoríficas fora das compras durante a semana passada, houve um incremento de oferta na semana vigente. Assim, os frigoríficos aproveitaram para completar suas escalas, porém trabalhando com os preços estáveis. As cotações do boi, vaca e novilha gordos estão apregoadas, respectivamente, em R$315,00/@, R$279,00/@ e R$312,00/@, preços brutos e a prazo.
A referência para bovinos cujo destino é exportação para a China se mantém em R$325,00/@, mas negócios a R$330,00/@ já foram realizados. Segundo o App da Agrobrazil, pecuarista de Auriflama, no interior paulista, registrou preço de R$ 320,00/@ com pagamento no prazo de 30 dias e abate para o dia 30 de maio.
Já o Indicador do Boi Gordo CEPEA, registrou uma grande valorização na comparação diária, com a semana abrindo com uma alta de 2,24%. Desta forma, os preços que haviam terminado a última sexta-feira a R$ 327,45/@ saltaram para o patamar de R$ 334,80/@. A cotação em dólar, ainda segundo a instituição, ficou apregoada a US$66,36/@. Confira o gráfico abaixo!
De forma resumida, a segunda quinzena de maio iniciou sem novas alterações no mercado físico do boi gordo, a arroba segue firme sendo negociada na casa dos R$ 310,00 no estado de São Paulo, porém com a oferta crescente nesse período a possibilidade de novos recuos até o final do mês não está descartada. Na B3 o movimento foi de valorização, o futuro com vencimento para mai/22 encerrou o pregão cotado a R$ 319,15/@, com uma variação diária de 0,77%.
Segundo apuração da IHS Markit, no âmbito nacional, o mercado físico do boi gordo segue a toada registrada nas últimas semanas – ou seja, os principais frigoríficos ainda estão ausentes das negociações envolvendo grandes lotes de boiadas gordas, optando pela cautela.
Na avaliação da consultoria, o mercado brasileiro do boi gordo ainda segue bastante ofertado, com uma grande quantidade de animais disponíveis sobretudo nas regiões do Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País.
Com o avanço do período seco, reforça a IHS, muitos pecuaristas seguem liquidando os seus lotes de animais terminados a pasto, mas tal movimento não é acompanhado pelas indústrias frigoríficas, que seguem sem grande apetite para novas compras.
China habilita importação de 13 frigoríficos dos Estados Unidos
A Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) informou que concedeu autorização para 13 frigoríficos de carne suína, bovina e de aves dos Estados Unidos exportarem seus produtos para o gigante asiático. A habilitação entrou em vigor na última sexta-feira, 13.
Esta é a primeira vez no ano em que o governo chinês habilita uma quantidade alta de empresas norte-americanas para exportação. As medidas configuram um aceno positivo ao atual governo do democrata Joe Biden, após a relação mais conflituosa com o ex-presidente Donald Trump.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 317,00 – R$ 318,00 a arroba.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 291,00.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 287,00.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 290,00 por arroba.
- Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 290,00 para a arroba do boi gordo.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por queda dos preços durante a segunda quinzena do mês, considerando que os frigoríficos ainda operam com uma posição confortável em seus estoques. O padrão de consumo delimitado para 2022 ainda aponta para o consumo amplo de proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e do ovo propriamente dito.
O quarto traseiro seguiu com preço de R$ 23,20 por quilo. O quarto dianteiro seguiu no patamar de R$ 16,20 por quilo. A ponta de agulha seguiu precificada a R$ 16,30 por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,11%, sendo negociado a R$ 5,0520 para venda e a R$ 5,0500 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0310 e a máxima de R$ 5,1040.