Frigorífico está “apertado” diante da lacuna na oferta de animais prontos para abate e pagam R$ 351/@ no Boi a Termo, confira!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quinta-feira, 20. Conforme anunciado, a semana seria de grandes valorizações nos preços, e já houve negócios acima da referência média para animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês. Alerta para o “boi a termo”, frigoríficos já tentam montar suas escalas futuras!
As indústrias já não tem poder de barganha e, com isso, não conseguem exercer pressão sobre o mercado. É esperado que, assim como nessa semana, os sinais de alta serão ainda mais visíveis a partir da virada de mês, quando haverá maior dependência da oferta de bois confinados para compor as escalas de abate.
Segundo a Scot Consultoria, os preços seguiram em mais um dia de estabilidade. “Dessa forma, o boi gordo que atende ao mercado interno está cotado em R$306,00/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas em R$283,00/@ e R$298,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo“, apontou a consultoria.
Norte do Mato Grosso, a oferta menor de fêmeas levou à alta de R$3,00/@ para vacas e novilhas gordas na região. O preço do boi gordo permaneceu estável, na comparação diária.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 311,69@, na quinta-feira (20/05), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 287,65/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 297,94/@.
Já o Indicador do Cepea voltou a ter grande desvalorização, na casa de -3,85%, fazendo com que os preços caíssem para o patamar de R$ 305,45/@. Conforme citado anteriormente, os animais que atendem o padrão exportação seguem com grande valorização e já tem R$ 315,00/@ como referência!
Mercado futuro disparando
Ao longo desta semana, foram observados significativos aumentos nos valores futuros da arroba negociados na B3, que superaram a casa dos R$ 340 (contrato com vencimento em outubro/21).
No mercado futuro, os contratos negociados do boi gordo fecharam em alta, com um destaque para julho/21 que encerrou a quinta-feira cotado a R$ 333,55/@, variando positiva de 1,23%.
Mercado pressionado
“O mercado do boi gordo começa a apresentar evidências de nova consolidação de movimento de alta, uma vez que a entrada do período seco não forneceu a oferta esperada de animais terminados a pasto”, afirma a IHS Markit, referindo-se à tradicional desova de boiadas após o encerramento da estação chuvosa.
Na avaliação dos analistas, tais restrições impostas pelo governo argentino devem impulsionar a demanda chinesa por carne brasileira.
O Brasil é responsável hoje 43% das importações de carne bovina da China, fatia que pode alcançar níveis acima de 50% no atual cenário, conforme prevê a IHS. Os pecuaristas de pequeno e médio porte seguem tentando adentrar o sistema de recria, como meio de sobreviver ao cenário atual.
Alerta para o pecuarista
O mercado futuro já vem apresentando grandes sinais de que teremos um novo recorde de preços no final do ano, diante de uma oferta restrita com queda nos confinamentos e os preços elevados dos insumos.
Com isso, as indústrias já estão preocupadas e tentam garantir suas escalas em seus confinamentos terceirizados – Boitel – e também com os contratos de Boi a Termo. Alertamos para esses contratos e que cada pecuarista trabalhe dentro da sua realidade!
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 305, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 297, inalterada. Em Cuiabá, o valor foi de R$ 301, contra R$ 300. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 300 a arroba, inalterada.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, a tendência é de maior espaço para reajustes no decorrer da primeira quinzena de junho, período que conta com maior apelo ao consumo.
Somado a isso, os frigoríficos devem apresentar esvaziamento dos estoques em junho, conforme aumenta a dificuldade da composição das escalas de abate. “Por outro lado, é sempre relevante salientar que a carne de frango ainda dispõe da predileção do consumidor médio, algo natural em um momento de lenta recuperação da atividade econômica”, aponta Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo, estável. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,20 o quilo, assim como a ponta de agulha.