Arroba segue acima de R$ 200, até quando vai a alta?

O mercado está pressionado por todos os lados. Todos os envolvidos na cadeia produtiva da carne quer aumentar sua margem de lucro, doa a quem doer!

O mercado pecuário se manteve firme e a referência das cotações majoritariamente estáveis, relata a Informa Economics FNP. “Em grande parte dos frigoríficos brasileiros, a programação de abate evoluiu até o final de fevereiro e muitas plantas não irão operar nos dois primeiros dias úteis da próxima semana devido ao recesso de Carnaval, informa a consultoria.

Além disso, as recentes quedas nos preços da carne bovina no atacado, motivadas pelo fraco escoamento da proteína ao varejo, também têm limitado a atuação dos frigoríficos nas compras de boiadas, acrescenta a FNP.

No aplicativo do Agrobrazil, parceiro do Compre Rural, as cotações do boi gordo estão em alta. Pecuarista de Adolfo/SP, teve sua arroba negociada a R$ 205/@ para pagamento a vista e data de abate para 04 de março. Já em nova Andradina/MS, o boi gordo saiu por R$ 190,00/@ com 20 dias para pagamento e data do abate para o dia 03 de março. Em Minas Gerais, valor encontrado em Centralina, para o boi padrão foi de R$ 200/@ com 30 dias para pagar e abate no dia 02 de março.

“As indústrias não veem espaço para repasse de custo ao mercado atacadista diante de novas altas nos preços da arroba e, por isso, preferem limitar suas aquisições em vez de prejudicar suas margens operacionais”, destaca a consultoria.

Por outro lado, o pecuarista opta em continuar retendo os animais terminados “em casa”, aproveitando o bom volume de chuvas e, consequentemente, a melhoria nas condições das pastagens. A piora na relação de troca, devido aos custos mais altos com a reposição, também inibe a venda de grandes lotes – a estratégia é exercer forte pressão sobre a indústria até conseguir novos reajustes positivos para a arroba.

Segundo análise da FNP, um número significativo de indústrias deverão apertar o gatilho das compras de boiadas a partir do início de março, para garantir lotes na primeira quinzena do mês, período de esperada recuperação do consumo doméstico, devido ao pagamento de salário aos trabalhadores. “Até lá, porém, a queda de
braço deve permanecer”, observa.

Segundo Safras&Mercado

“Os preços do boi gordo só não caem mais neste momento, já de final de mês, por conta da oferta, que ainda é restrita. Como o regime de chuvas continua bom em fevereiro, o pecuarista aproveita a mantém o gado por mais tempo nas pastagens, que se encontram em ótimas condições”, assinalou. 

Cotação pelo Brasil:

  • Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram na casa de R$ 203 a arroba.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços em R$ 194 a arroba, contra R$ 196.
  • Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços caíram de R$ 195 para R$ 193 a arroba.
  • Em Goiânia, Goiás, o preço indicado ficou em R$ 193 a arroba, ante R$ 195 a arroba.
  • Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 184 a arroba. 

Atacado 

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis após a queda de ontem. “Para os próximos dias, a tendência é de queda nos preços, tanto pela natural retração do consumo em períodos de final de mês como pela total falta de condições do brasileiro médio de absorver os fortes reajustes que voltaram a ocorrer no início de fevereiro, que parte para alternativas mais em conta, principalmente a carne de frango”, analisou Iglesias.

Assim, o corte traseiro permaneceu em R$ 14,60 o quilo. A ponta de agulha seguiu em R$ 11,55 por quilo. Já o corte dianteiro continuou em R$ 12,50 por quilo.

Compre Rural com informações do AgroBrazil, FNP e Safras&Mercado

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM