Arroba se mantém estável, cotação fechou em R$ 205

Os pecuaristas seguem aproveitando as boas condições das pastagens para manter o boi gordo no campo, limitando pressão de baixa sobre os preços.

O mercado do boi gordo abriu a segunda semana de março em compasso de espera, com preços da boiada oscilando mais ou menos, dependendo da praça de comercialização.No entanto, as apostas no mercado continuam apontando tendência altista para a arroba no curtíssimo prazo.

As informações recentes de que os fluxos de cargas nos portos chineses começam a se normalizar – depois dos problemas estruturais (falta de mão de obra, por exemplo) ocasionados pela novo coronavírus – podem impulsionar novamente as exportações brasileiras de carne bovina, elevando, assim, a procura (e os preços) pela matéria-prima (boi gordo) no Brasil.

No aplicativo da AgroBrazil, temos um cenário positivo para o mercado do boi, mas com um viés de cautela por parte dos pecuaristas e industrias após a turbulência da segunda-feira. Segundo informações, pecuaristas de Santa Cruz do Rio Pardo/SP, o Boi China foi comercializado por R$ 205/@, com pagamento a vista e data do abate em 13 de março, um recuo de R$ 5 reais em relação ao valor negociado na última sexta-feira. Essa diferença de preço da arroba deve ser ainda maior para o mercado físico, já que as barreiras sanitárias do coronavírus estão reduzindo o consumo externo.

No mercado interno, o valor negociado na região de Tietê/SP está próximo de R$ 202,00/@, à prazo com trinta dias para pagar e com data para o abate em 17 de março, mesmo preço encontrado em Frutal/MG com base nas informações do aplicativo da AgroBrazil. Já em Miranda/MS, a arroba foi negociada a R$ 190,00/@, à vista e com data para abater em 17 de março.

Segundo a Scot Consultoria

O mercado do boi gordo iniciou essa semana com preços estáveis em São Paulo. No estado, as escalas de abate atendem cerca de cinco dias. O cenário é de calmaria, com indústrias fazendo um balanço de vendas de carne da semana anterior e traçando estratégias para os próximos dias. No entanto, a oferta comedida de boiadas mantém o mercado firme.

Das 32 praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, o preço do boi gordo subiu em cinco e ficou estável nas demais na última segunda-feira (9/3). A oferta de animais terminados limitadas tem feito com que algumas indústrias ofertem preços maiores pela matéria-prima para preencher as suas programações de abate.

Essa é a situação da região Norte e Sul de Minas Gerais, Oeste da Bahia, Sudoeste de Mato Grosso e Paragominas-PA. Na média das praças citadas, a alta foi de 0,5%.

Segundo Safras&Mercado

arroba do boi gordo segue estável no mercado físico brasileiro, de acordo com a consultoria Safras. O analista Fernando Henrique Iglesias afirma que os frigoríficos não parecem dispostos a elevar seus preços de compra de forma incisiva, avaliando que a demanda doméstica de carne bovina é insuficiente.

“Já os pecuaristas seguem aproveitando as boas condições das pastagens para manter o boi gordo por mais tempo no campo, limitando pressão de baixa sobre os preços”, pontuou.

  • Na capital de São Paulo, os preços seguiram em R$ 203 por arroba.
  • Em Uberaba (MG), caíram de R$ 198 para R$ 197 por arroba.
  • Em Dourados (MS), ficaram em R$ 195 por arroba.
  • Em Goiânia (GO), continuaram em R$ 195 por arroba.
  • Já em Cuiabá (MT), a arroba do boi gordo passou de R$ 185 para R$ 186.

Atacado

Os preços da carne bovina subiram, conforme acompanhamento da Safras & Mercado. “Era esperado este movimento diante do aumento do consumo com a entrada da massa salarial na economia”, disse Iglesias. Já para a segunda quinzena, com a natural desaceleração da demanda, os preços tendem a cair.

Assim, o corte traseiro passou de R$ 14,25 o quilo para R$ 14,40 o quilo. A ponta de agulha aumentou de R$ 11,40 por quilo para R$ 11,45 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 12 por quilo.

Compre Rural com informações do Agrobrazil, FNP, Safras&Mercado e Scot Consultoria

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