Os preços voltaram a apresentar alta em algumas regiões, mesmo com escalas confortáveis, frigoríficos não conseguem pressionar uma queda nos preços!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quinta-feira, 05, com aposta na demanda crescendo. Segundo a avaliação das praças, os preços do boi gordo aparentam ter alcançado um ponto de acomodação em muitas praças pecuárias
Grande parte das indústrias estão com escalas de abate confortáveis, que atendem entre cinco e sete dias úteis, mesmo assim elas não tem força para exercer uma pressão negativa nos preços ofertados, tendo em vista a menor oferta de animais e o consumo crescente neste período.
Segundo a Scot Consultoria, com as escalas de abate relativamente confortáveis, o mercado do boi gordo está calmo e as cotações estão estáveis na comparação feita dia a dia. Já em Campo Grande, com dificuldades de completar as escalas, os frigoríficos abriram o mercado ofertando R$1,00/@ a mais para vacas e novilhas gordas. A cotação do boi gordo está estável.
O indicador do Cepea apresentou grande valorização no fechamento de ontem, apontando para firmeza dos preços no mercado, os valores sofreram uma valorização de 2,52% e saltou de R$ 316,70/@ para o patamar de R$ 319,20/@. Esse valor se aproxima do recorde histórico do Indicador.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 319,36/@, na quinta-feira (05/08), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 298,57/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 310,96/@.
Bovinos destinados ao mercado externo, são negociados a até R$325,00/@, preço bruto e à vista e a depender do lote. Entretanto, alguns pecuaristas já informam negociações de animais precificados a R$ 330,00/@.
Segundo a IHS, nesta primeira quinzena do mês, os frigoríficos devem acelerar a procura por animais terminados, tanto para atender as exportações (no caso das plantas habilitadas para embarques), quanto para abastecer o consumo interno, que pode ganhar fôlego devido à entrada dos salários e também às comemorações do Dia dos País, no próximo domingo – onde há festa em família, há carne bovina no fogo, a preferida dos brasileiros.
Nos contratos futuros do boi negociados na bolsa B3, há registro de modestas variações positivas nos vencimentos de longo prazo.
Os negócios para outubro/21 e novembro/21 avançaram para R$ 325,85 e R$ 330,80, respectivamente. O contrato de vencimento mais curto apresenta variações negativas significativas de R$ 1,60, recuando para R$ 316,95.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi (15 kg) ficou em R$ 317 na modalidade a prazo.
- Em Goiânia, a arroba teve preço de R$ 304, inalterado.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313, ante R$ 312.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 308, estável.
- Em Uberaba (MG), com preços a R$ 311, a arroba também permaneceu estável.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere reajustes na primeira quinzena do mês, em linha com a boa demanda no período, considerando que além da entrada dos salários na economia há também o adicional de consumo relativo ao dia dos pais.
- Com Lula, preço da carne bovina tem maior alta em quatro anos
- Paraná encerra colheita de cevada com 286 mil toneladas
- Vacas têm “melhores amigas” e sofrem com separações, revela pesquisa
- Pesquisa aponta como melhorar o solo com calcário
- Chuva a caminho? Previsão aponta bons índices; descubra onde deve chover
“O abrandamento das medidas de distanciamento social leva a crer em um melhor resultado de restaurantes e de outros estabelecimentos, setor importante em relação a demanda por cortes nobres”, disse Iglesias.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,9 por quilo, inalterado. O quarto traseiro teve preço de R$ 21,20 por quilo, alta de 20 centavos. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 17 por quilo, estável.