Arroba salta para R$ 330 e pecuarista fica animais, veja

Os preços do boi gordo seguem firmes nesse início de mês, pautado pela melhora na exportação e expectativa de aumento no consumo interno, veja!

O mercado físico de boi gordo registrou preços pouco alterados, mas mantendo a firmeza nesta terça-feira, 04. A tendência de curto prazo aponta para reajuste positivo nos preço, principalmente com maior otimismo em torno da demanda no decorrer da primeira quinzena do mês. Mas o que falta para arroba continuar firme aos R$ 330,00?

Os frigoríficos conquistaram uma frente bastante confortável em suas escalas de abate, porém encontram uma melhora no quadro do escoamento, seja pela exportação ou no consumo interno, principalmente com o feriado do Dia dos Pais se aproximando, junto ao pagamento de salários.

Nas praças paulistas, a cotação do boi gordo ficou estável em R$317,00/@ na comparação dia a dia, preço bruto e a prazo. Para os bovinos cujo destino é o mercado chinês, a cotação, firme, está em R$320,00/@, preço bruto e à vista. 

Destaque para a vaca e novilha gordas, cujos preços subiram R$1,00/@ na comparação diária. A categoria tem surgido como boa opção para as indústrias que tem como foco o mercado interno, principalmente pelo aumento de oferta desses animais por conta da menor capacidade de suporte das pastagens frente a seca e o frio dos últimos dias.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado teve leve alta na média geral a R$ 317,40/@, na terça-feira (03/08), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 294,64/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 314,99/@.

Bovinos destinados ao mercado externo, são negociados a até R$325,00/@, preço bruto e à vista e a depender do lote. Entretanto, em Santa Catarina, pecuaristas já informam negociações de animais para o mercado interno precificado a R$ 330,00/@.

Já na abertura da semana, como de costume, os valores sofreram uma desvalorização de -0,79% e saltou de R$ 316,20/@ para o patamar de R$ 315,40/@.

“Os pecuaristas não cedem, buscando proteger as suas margens operacionais, prejudicadas pelos aumentos dos custos de nutrição”, informa a IHS, referindo-se à pressão da indústria por cotações da arroba abaixo dos valores atuais de referência.

No Centro-Oeste e Sudeste, as unidades frigoríficas enfrentam maior dificuldade para adquirir animais terminados, relata a IHS. As escalas de abate se encontram entre 6 e 7 dias.

A região Sul, o quadro de oferta de animais gordos é ainda pior, informa a consultoria. As programações de abate na região ficam ao redor de 5 e 6 dias.

Exportação

Em julho foram embarcadas 166,29 mil toneladas de carne bovina in natura, queda de 1,8% na comparação com julho de 2020, apesar do recuo, este foi o melhor volume embarcado em 2021.

O preço médio da tonelada em julho foi de US$5,42 mil, acréscimo de 33% na comparação anual, resultando em aumento de 30,6% no faturamento em dólares, mesmo com o recuo em volume (Secex).

É verdade que a carne bovina foi também a única a enfrentar ligeira queda no volume embarcado (redução de 1,76% em relação a julho do ano passado). Em contrapartida alcançou preço médio quase um terço superior ao de um ano atrás, com isso gerando aumento anual de receita de 30,64%.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 na modalidade à prazo, estável na comparação com a segunda-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 304, inalterado.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313, ante R$ 312.
  • Em Cuiabá, o valor pago foi de R$ 308, estável.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 311 a arroba, estável.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, a tendência de curto prazo remete a reajuste dos preços ao longo da primeira quinzena do mês, considerando a expectativa de boa demanda no decorrer do período.

Além da entrada dos salários precisa ser considerado o repique de consumo relativo ao Dia dos Pais. “Este ano em específico conta com menos restrições relacionadas à pandemia, com restaurantes e outros estabelecimentos operando mais próximos à sua normalidade.

O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,80 por quilo. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 17,00 por quilo.

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