Arroba dispara, vai a R$ 270 na B3 e abre a semana firme!

Escassez de oferta de animais terminados ainda limita o avanço das escalas de abate, sustentando a pressão positiva sobre o boi gordo no físico e na B3!

Nesta segunda-feira, o mercado físico do boi gordo registrou um baixo volume de negócios, mas os preços da arroba permanecem firmes nas principais praças pecuárias, estacionados em patamares elevados – com os valores nominais em níveis recordes.

Em São Paulo, a boiada terminada é negociada pelo valor máximo de R$ 258/@, a prazo, segundo levantamento da IHS Markit. O indicador Cepea/B3, que calcula um valor médio entre as principais praças paulistas, fechou a última semana em R$ 258,05/@, à vista, o que significou valorização de mais de 60% sobre o valor registrado em igual período do ano passado, de R$ 159,55.

Essa tendência positiva sobre as cotações do mercado físico tem se refletido nos contratos futuros de boi negociados na bolsa de mercadoria B3. Os papéis com vencimento para novembro/20 fecharam a última segunda-feira com alta, chegando a R$ 266,35/@. Destaque também para o contrato futuro de janeiro/21, que disparou na última segunda-feira, fechando a R$ 270,30.

Como esperado para o início da semana, os frigoríficos se mantiveram cautelosos nos negócios nesta segunda-feira, avaliando os resultados das vendas de carne bovina no último final de semana, relata a IHS Markit. Em todo o País, a escassez de oferta de animais terminados ainda limita o avanço das escalas de abate, sustentando a pressão positiva sobre a arroba. Entre as principais indústrias pesquisadas pela IHS, as programações de abate estão preenchidas para, em média, quatro dias úteis.

Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado saltou de R$ 257,71/@ na sexta-feira (02/10), para R$ 259,26/@, nesta segunda-feira (05/10), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 244,95/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 250,48/@.

Já o Indicador do Cepea, voltou a registrar preços queda nesta segunda-feira, atingindo o patamar de R$ 257,70 por arroba. Mesmo com leve queda, o patamar do Indicador ainda é um dos maiores já registrados.

Na avaliação dos analistas de mercado, ao menos no curto prazo, não há expectativas para entrada de lotes de animais em volume mais significativos, o que deve fazer com que a arroba siga em patamares firmes ao longo das próximas semanas.

“Enquanto isso, continua a disputa por animais que cumprem os requisitos para exportação com destino ao mercado chinês. Esses animais costumeiramente são negociados com prêmio de até R$ 7,00 por arroba sobre animais destinados ao consumo doméstico”, assinala.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo remete a continuidade do movimento de alta nos preços, em linha com a entrada dos salários na economia, importante motivador da reposição ao longo da cadeia produtiva. As exportações seguem em bom nível, com a China absorvendo volumes substanciais de proteína animal brasileira.

Com isso, a ponta de agulha seguiu em R$ 14,25 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,25 o quilo, e o corte traseiro passou de R$ 19,00 o quilo para R$ 19,25 o quilo.

“Ao longo da primeira quinzena de outubro e, com o feriado no início da próxima semana, a tendência aponta para recuperação gradual nos níveis de consumo de carne bovina”, prevê a consultoria. Na avaliação da consultoria Agrifatto, as indústrias frigoríficas lidam atualmente com “margens apertadas e seguem com os olhos abertos em relação ao nível de escoamento da carne no varejo”.

Compre Rural com informações da Agrobrazil, Cepea, IHS Markit, Agência Safras e Portal DBO

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