O movimento de alta nos preços da arroba continua sustentado pelo quadro de oferta restrita de animais que segue dominante em 2021; Preço vai subir mais!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quarta-feira, 09, com grande destaque para a categoria das fêmeas. Diante da lacuna no quadro de oferta de animais para abate, que segue dominante em 2021, os preços devem continuar sustentados em patamares elevados.
Apesar da inconsistência do consumo interno de carne bovina, diante da crise econômica, a forte reação da demanda internacional pela commodity brasileira impulsionou os preços da arroba bovina nos primeiros dois dias desta semana. É esperado uma reação do mercado interno com o avanço da vacinação contra a COVID-19.
Segundo a Scot Consultoria, os compradores abriram o dia ofertando R$2,00/@ a mais para a vaca e novilha gordas, na comparação feita dia a dia. O preço da arroba do boi gordo está estável. O boi, vaca e novilha gordos, estão sendo negociados em R$315,00/@, R$294,00/@ e R$307,00/@, preços brutos e a prazo, nesta ordem.
Negócios para bovinos que atendem os requisitos para exportação ocorrem em R$320,00/@, preço bruto e à vista. Porém, conforme anunciado ontem aqui no Portal, já começam a ocorrer negociações acima deste valor, de forma pontual, mas que devem se tornar novo preço base para a categoria.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 316,96/@, na quarta-feira (09/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 293,46/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 305,21/@.
O indicador do boi gordo do Cepea, cotação variou -0,85% em relação ao dia anterior e passou de R$ 316,70 para R$ 315,85 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 18,55%. Em 12 meses, os preços alcançaram 54,34% de alta.
Segundo os analistas, muitos pecuaristas, especialmente os capacitados para o confinamento, trabalham para negociar a boiada na etapa final do ano, quando já há vencimentos de contratos futuros na B3 negociados a valores acima de R$ 335/@.
No entanto, observa a IHS, os custos altos da nutrição e da reposição não permitiram um aumento da quantidade de animais confinados, sobretudo em fazendas de pequeno e médio portes.
As exportações de carne bovina mostraram, nos três primeiros dias úteis de junho, significativo avanço. A recente desvalorização do dólar frente ao real não tirou a competitividade da proteína brasileiro no mercado mundial, em função dos valores maiores cobrados por alguns dos principais concorrentes, como EUA e Uruguai.
Mercado Futuro
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia de queda acentuada em toda a curva e seguem na contramão da tendência do mercado físico das últimas duas semanas. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 321 para R$ 319,55, do outubro caiu de R$ 336,10 para R$ 330,90 e do novembro, de R$ 336,40 para R$ 331,20 por arroba.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318, na modalidade à prazo, estável.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 302 a arroba, ante R$ 301.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 309, estável.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 308, ante R$ 307.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 310 a arroba, estáveis.
- Projeto autoriza uso do fungicida carbendazim em defensivos agrícolas
- Yara anuncia vencedores do Concurso NossoCafé 2024
- Estudo apresenta 5 recomendações globais para o Brasil cortar emissões
- Atenção: pecuaristas devem atualizar cadastro de rebanhos na Iagro até o dia 30 de novembro
- Florestas restauradas aumentam produtividade de soja em até 10 sacas por hectare
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta no decorrer da primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo.
“A reposição entre atacado e varejo permanece em bom nível, dinâmica que tende a mudar durante a segunda quinzena, quando não há tanto estímulo ao consumo. O consumidor médio ainda opta pela carne de frango neste momento, algo bastante compreensível dada a situação econômica em 2021”, diz Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.